Divulgação/New Fortress Energy/Divulgação ND
Serão investidos cerca de US$ 77 milhões e gerados mais de 600 empregos durante a implantação.
A viabilidade da implantação do Terminal Gás Sul (TGS) de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL), na Baía da Babitonga, em São Francisco do Sul, ganhou um impulso nesta sexta-feira (28). O anúncio da viabilidade foi feito pelo governador Carlos Moisés.
Foi emitida a Licença Ambiental de Instalação, junto ao Instituto do Meio Ambiente (IMA), vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE). A etapa habilita a New Fortress Energy (NFE) para a chamada pública.
No empreendimento, serão investidos cerca de US$ 77 milhões e gerados mais de 600 empregos durante sua implantação.
“Nosso objetivo é oferecer condições de desenvolvimento e atrair investimentos para Santa Catarina. Hoje demos mais um passo nessa direção. O Terminal é bastante aguardado e vai gerar não só mais empregos e renda aos catarinenses, como também competitividade ao nosso estado”, ressaltou o governador.
O terminal, um navio que vai ser atracado a 300 metros da costa, terá a capacidade de 15 milhões de m³/dia. A conexão com a terra será feita por um gasoduto submarino. Outra novidade importante é que a disponibilidade poderá viabilizar o desenvolvimento de projetos de usinas termelétricas a gás natural.
“Com o terminal, Santa Catarina dará um grande salto de competitividade com maior concorrência, ampliação da oferta do insumo e preços mais atrativos. Traz também ampla acessibilidade ao suprimento energético, com alcance em locais mais distantes das malhas de acesso ao gás, como é o caso do Oeste. E ainda, resolve o gargalo da energia, para que o Estado continue crescendo”, pontua o secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), Luciano Buligon.
O presidente do IMA, Daniel Vinícius Netto, destacou a importância da obra para Santa Catarina e também para o Brasil.
“O gasoduto submerso não tem significativo impacto ambiental na plenitude da operação. De toda forma, o IMA tomou todas as precauções, estabelecendo diferentes condicionantes, para garantir a preservação ambiental. Este empreendimento representará o incremento de um novo modal de gás (GNL) não somente para nosso estado, mas para o Brasil e até mesmo para outros países.”
Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul consomem cerca de cinco milhões de metros cúbicos de gás por dia, destinados ao mercado industrial e automotivo. A única fonte de fornecimento para o Estado se concentra no gasoduto Bolívia-Brasil que, também já atingiu o limite de sua capacidade. Com este novo terminal, haverá aumento na oferta de gás natural para a região Sul do Brasil.
A indústria é o maior consumidor de gás em Santa Catarina. E, durante a pandemia, neste setor, houve um aumento no consumo de 27% no Estado, na comparação com o período anterior.
Além de geração de renda, incremento das atividades da indústria, comércio e serviços, aumento da receita tributária e fortalecimento da economia local, estadual e nacional, o terminal trará outros benefícios, como a conexão do mercado brasileiro de gás ao global.
De acordo com a secretária executiva de Assuntos Internacionais (SAI), Daniella Abreu, este é um investimento internacional muito importante para o Estado e um projeto estruturante para o desenvolvimento de Santa Catarina, que deixa de ser consumidora de gás para se tornar fornecedora, fortalecendo a sua matriz energética.
Ao entrar em operação, o abastecimento do terminal será feito por navios tanques de GNL, que virão dos Estados Unidos, da Costa Oeste da África ou do Oriente Médio.
“Nossa previsão é fazer um investimento total de US$ 77 milhões até o final do ano, que vai mudar a configuração do Estado e trazer muitas indústrias. Estamos comprometidos com Santa Catarina e com a celeridade do desenvolvimento desse projeto”, fortalece o diretor da empresa, Edson Real.
Fonte: ND+