MME assina ordem de serviço para ligar Roraima ao Sistema Interligado Nacional de energia

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou na última sexta-feira (4), uma ordem de serviço que irá conectar Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Serão investidos R$ 2,6 bilhões nas obras que vão substituir as usinas termelétricas, visando garantir uma energia mais confiável e limpa para a região. O anúncio foi feito durante o evento de relançamento do Programa Luz para Todos, em Parintins (AM), e da implantação do Programa de Energias da Amazônia.

Atualmente, Roraima é o único estado, dentre as 27 unidades da federação, que está isolado do sistema. Os moradores de Boa Vista e cidades próximas dependem de usinas termelétricas movidas a óleo diesel, a gás natural, a biomassa e uma pequena central hidrelétrica. A linha de transmissão que será direcionada à capital, Boa Vista, é uma continuidade do sistema que atravessa boa parte do Pará e Amazonas. A expectativa é de que sejam gerados mais de 11 mil empregos diretos e indiretos com as obras, com previsão de serem concluídas em setembro de 2025.

“A medida é uma importante iniciativa do programa Energias da Amazônia, que visa a descarbonização do maior bioma brasileiro por meio da transição energética, substituindo a geração promovida por combustíveis fósseis para opções mais sustentáveis”, destacou o ministro.

Espera-se que a interligação reduza o montante da energia térmica gerada no estado, diminuindo os custos do suprimento de energia elétrica. Com o andamento das obras, serão atualizados os estudos de planejamento da operação, considerando o balanço da oferta e da demanda. Segundo estimativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), inicialmente, deve haver uma redução do custo variável de operação das usinas termelétricas locais de R$ 200 milhões por ano.

Ao todo, estão previstos investimentos na ordem de R$ 5 bilhões para a transição dos 211 sistemas isolados que utilizam combustível fóssil na geração de energia elétrica. Com a interligação ao SIN e implantação de fontes renováveis, a previsão é de que seja reduzida em 70% a geração térmica e 1,5 milhões de toneladas de CO2 deixem de ser emitidas.

Fonte: O Setor Elétrico