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Crise fez consumo de energia ficar estagnado neste ano

Crise fez consumo de energia ficar estagnado neste ano, diz ONS

A forte retração da economia fez com que o consumo de energia em 2016 ficasse estagnado, ou seja, não crescesse em relação ao ano passado que, por sua vez, tinha registrado uma queda de 1,8% em relação a 2014. Segundo o diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, com o excedente de energia, provocado pela entrada de novos projetos de geração e transmissão, aliado à queda do consumo, estima-se que o atendimento ao mercado de energia até 2021 seja atendido sem problemas.

 

— O que está acontecendo é que a oferta hoje é confortavelmente superior à demanda, o que permite que se faça o abastecimento do sistema mesmo nas condições adversas da Região Nordeste, onde há vários anos a bacia do São Francisco vem com processo de estiagem muito forte — destacou Barata nesta segunda­-feira. Ao mesmo tempo em que o consumo de energia ficou estagnado neste ano, entraram em operação projetos com uma capacidade total de 9.130 megawatts (MW) de capacidade.

Para o próximo ano, o setor elétrico prevê um crescimento no consumo de energia da ordem de 2,2%, para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 0,5%, um pouco abaixo da previsão do governo que é de 0,8%. Com os excedentes de energia, o ONS não prevê, no curto prazo, nos próximos meses, quando temperaturas mais elevadas aumentam a demanda de energia, a necessidade de elevar a operação de térmicas e a consequente mudança da bandeira tarifária, que atualmente é verde, ou seja, sem cobrança extra.

 

A expectativa do ONS é chegar em dezembro com os reservatórios das principais usinas no Sudeste em 36%; no Sul, em 69%; no Norte, em 13%; e no Nordeste, em 17%. Devido aos níveis baixos dos reservatórios das usinas do Nordeste, aumentará o fornecimento de energia da Região Sudeste para lá, sem problemas.