Informativo Enermerco 1711
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06/12/2017
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Cobrança extra na conta de luz será reduzida em dezembro, informa Aneel

Com melhora dos reservatórios, bandeira vermelha passará do patamar 2 para patamar 1

As contas de luz terão um alívio em dezembro. A bandeira a ser aplicada às tarifas no mês que vem será a vermelha no patamar 1, informou ontem a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Isso significa que haverá uma cobrança extra de R$ 3 a cada 100 quilowattshora (kWh) consumidos. Desde outubro, estava em vigor a bandeira vermelha no patamar 2, a mais cara desse sistema, com custo extra de R$ 5 a cada 100 kWh consumidos. A Aneel explicou que essa mudança foi possível graças a uma melhora no nível dos reservatórios.

“Houve uma pequena evolução na situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas em relação ao mês anterior, o que possibilitou o acionamento da bandeira vermelha no patamar 1. Ainda que não haja risco de desabastecimento de energia elétrica, é preciso reforçar as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício”, informou a agência, em nota.

No Nordeste, situação crítica

As chuvas aumentaram nas últimas semanas, mas os reservatórios das principais hidrelétricas do país continuam a receber menos água do que o esperado, segundo o governo. A situação mais crítica é a do Nordeste, onde as barragens operam com 5,29% da capacidade. Região que concentra a maior parte das hidrelétricas do país, Sudeste e Centro-Oeste estão com 18,49% de volume de água nos reservatórios. No Norte, o índice está em 17,17%. A situação mais tranquila é no Sul, com 61,18%.

O sistema de bandeiras sinaliza o custo real da energia gerada. Com menos água nas barragens das hidrelétricas, é preciso acionar mais termelétricas para garantir o abastecimento de energia. Além de mais poluentes, o custo de acionamento dessas usinas é maior. A bandeira serve para cobrir parte desses gastos.

A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde). Quando chove menos, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, segundo o custo de operação das usinas acionadas. É o que está ocorrendo neste ano.

Fonte: Canal Energia