A Comissão de Minas e Energia discute nesta quarta-feira (31) o projeto que cria a portabilidade da conta de luz (PL 1917/15).
Em um primeiro momento, a proposta reduz as exigências para que os grandes consumidores, em geral indústrias, comprem energia livremente. Mas a ideia é abrir gradualmente esse mercado para que, a partir de 2022, o consumidor comum também possa escolher de quem comprar energia.
O projeto já foi aprovado pela Comissão de Defesa do Consumidor e, agora, aguarda parecer do relator na Comissão de Minas e Energia, deputado Fabio Garcia (PSB-MT).
Garcia, que pediu a realização do debate, ressalta que a portabilidade da conta de luz já é realidade nas grandes economias do mundo. “Apesar de o mercado livre existir desde 1995 [no Brasil], a liberdade de escolha pelo fornecedor de energia elétrica é restrita aos grandes consumidores”, lembra o deputado.
Ele calcula ainda que a diferença do preço do megawatt-hora (MWh) pago pelas grandes indústrias e pelo mercado cativo pode chegar a 40%. “Nos últimos 12 anos, os consumidores do mercado livre brasileiro economizaram cerca de R$ 27 bilhões na conta de luz.”
Foram convidados para discutir o assunto:
– o secretário-executivo do Ministro de Minas e Energia, Paulo Pedrosa;
– o assessor do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Leandro Caixeta Moreira;
– o engenheiro da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Jeferson Borghetti Soares;
– o presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Rui Altieri;
– o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Reginaldo Almeida de Medeiros;
– o presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), Mário Menel;
– o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Guilherme Velho; e
– o presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite.
A audiência será realizada no plenário 14 a partir das 9h30.
Fonte: Camara de Deputados