Fator de Alavancagem 24/11
24/11/2023
Fator de Alavancagem 01/12
01/12/2023
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Informativo Enermerco 2310

O Informativo Enermerco (edição de outubro) é um compilado das informações mais relevantes do mercado de energia do período, exclusivamente elaborado para o seu acompanhamento mensal.


Mercado de Energia x Tendência do PLD

Após um mês de outubro muito chuvoso na região sul, o mês de novembro chega da mesma forma como fora o último mês, com chuvas acima da média na região. Várias médias históricas foram atingidas e superadas nesse último mês, principalmente se denotarmos os níveis de rios, barragens e lagos. No Rio Grande do Sul o nível do rio Guaíba foi o maior dos últimos 80 anos, em Santa Catarina barragens de contenção para água das chuvas, como por exemplo a de José Boiteux, constataram vertimento, fato nunca evidenciado desde sua construção e no Paraná, o nível da água nas Cataratas do Iguaçu foi tão alto que, as passarelas de visitação das corredeiras não suportaram a forte e violenta força das águas, ou seja, o volume de chuva registrado na região Sul nos últimos 2 meses ultrapassa a casa dos 1000mm de precipitação em algumas cidades sulistas. Um dos principais causadores de toda essa grande quantidade de chuva chama-se: El Niño. O fenômeno continuará ativo até meados do próximo ano, como afirma a NOOA (National Oceanic and Atmospheric Administration), a agência americana estima que o fenômeno terá influência até maio de 2024, fazendo com que as chuvas perdurem na região.

A região Nordeste e Norte vivem em sentido oposto se equiparadas à região Sul. Poucas chuvas registradas nas regiões, trazendo transtornos para a população. Porém, o clima quente e ensolarado torna-se propício para a geração de energia das usinas Eólicas e Solares da região Nordeste. A boa notícia para grande parte da região norte é a volta da chuva na última semana de novembro, já para a região nordeste a perspectiva ainda continua negativa, apenas para o início de dezembro os modelos climáticos preveem chuvas significativas nas principais bacias.

Para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica o retorno gradual da chuva, se desenhando para o fim do mês de novembro, com volumes previstos na casa dos 80 a 100mm. Chuva esta, que é tão esperada não somente pelo setor elétrico, mas também pelo setor agrícola, onde o mesmo já acumula prejuízo devido a onda de calor, isso sem contarmos as regiões afetadas pelas queimadas provenientes das altas temperaturas e baixa umidade. As temperaturas registradas no mês superaram de forma fácil a casa dos 40° e em algumas localidades as mesmas superaram os 50° de sensação térmica.

Atualmente o armazenamento do Sistema Interligado Nacional, apesar das fortes ondas de calor, apresenta um cenário positivo. Mesmo com o início do período úmido e os maiores níveis de chuvas estarem localizados na região centro sul, os reservatórios mantêm-se com níveis de estabilidade. As previsões indicam pouca oscilação dos níveis. Atualmente o subsistema Norte opera com 50% de sua carga, o Nordeste com 56%, Sudeste/Centro-oeste com 65% e o sul com 94% de seu nível de reservatório. Além desse bom momento hidrológico, o País vive um ótimo momento na geração eólica e fotovoltaica.

Assim, o valor médio mensal de setembro, ficou assim estabelecido:

SE/COSNEN
PLD Médio Mensal74,8474,8474,8474,84

Para o mês de novembro, assim como de outubro, a bandeira estabelecida foi a VERDE, com condições favoráveis à geração de energia.

Pierro Campestrini – Diretor da Enermerco

 

Geração e Consumo

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, divulgou no final de setembro, novos comparativos de geração e consumo no SIN – Sistema Interligado Nacional.

O Sistema Interligado Nacional é o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil, sendo um sistema hidro-termo-eólico de grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas e com diversos proprietários. O Sistema Interligado Nacional é constituído por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da região Norte.

Em comparação ao mesmo período de 2022, temos acréscimos no consumo e na geração (6,3% e 6,2%, respectivamente):

 

Geração por Fonte de Energia

As fontes de geração, acima demonstradas, mostram parte do panorama da produção nacional. Em relação à comparação da geração com o mesmo período do ano anterior, constata-se um declínio maior na geração da energia éolica (-16,4%). A geração hidráulica subiu 10,6%.

 

ENA, MLT e Nível dos Reservatórios

No mapa de Energia Natural Afluente do SIN, observamos os percentis da ENA em todos os Submercados. Trata-se de mais um parâmetro de operação do SIN – Sistema Interligado Nacional, que o ONS – Operador Nacional do Sistema, monitora para gerenciar a geração de energia elétrica do país.

Nos gráficos a seguir, temos a ENA acumulada do mês anterior, em cada submercado:

Fator de Ajuste de MRE

O Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) é um mecanismo financeiro que visa o compartilhamento dos riscos hidrológicos que afetam os agentes de geração, buscando garantir a otimização dos recursos hidrelétricos do Sistema Interligado Nacional (SIN). Para verificar a quantidade de energia produzida em relação à garantia física das usinas pertencentes ao MRE, foi criado o Fator de Ajuste da Garantia Física, ou Generation Scaling Factor – GSF. Ele mede a geração hidráulica em relação à garantia física, cujo cálculo é feito mensalmente pela CCEE.

Em outubro, atingiu-se uma geração de 81,6% em relação às Garantias Físicas para o ano de 2023:

 

Encargos de Sistema (ESS, ESE, CDE)

Os custos decorrentes da manutenção da confiabilidade e da estabilidade do sistema no atendimento à demanda por energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) são denominados Encargos de Serviço do Sistema (ESS). Estes valores são pagos por todos agentes com medição de consumo registrada na CCEE, na proporção de seu consumo. Os ESS são expressos em R$/MWh.

No mês de outubro/2023, somando os Encargos de Serviço do Sistema, dentre as Restrições Operativas e as de Segurança Energética, obteve-se um total de R$ 51 milhões. Acompanhe como este resultado se solidificou:

 

Previsão Climatológica Trimestral

Neste trimestre, os totais acumulados aumentam para valores entre 700 mm e 1000 mm no Brasil Central. Neste período, aumenta também a freqüência de Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN) sobre o Atlântico Sul, que, associado à configuração da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), pode favorecer o aumento das chuvas nos setores oeste e sul da Região Nordeste e no norte da Região Sudeste.

Nestas áreas, os totais acumulados no trimestre podem atingir 800 mm. Destacam-se as pancadas de chuva e os ventos fortes no final da tarde e início da noite, ocasionados pelo aquecimento diurno ou quando se aproxima uma frente fria proveniente de latitudes mais altas.

Na Região Sul, ainda predomina a rápida passagem dos sistemas frontais e os mais baixos totais acumulados de precipitação são observados no Rio Grande do Sul. A temperatura máxima varia de 22ºC, nas áreas serranas do Sul e Sudeste, a valores superiores a 34ºC, no interior do Nordeste. Os mais baixos valores de temperatura mínima são esperados no sudeste de Santa Catarina e na fronteira entre o nordeste de São Paulo e o sul de Minas Gerais.

As climatologias de precipitação e temperaturas máxima e mínima, no Brasil são mostradas a seguir:

Santa Catariana está entre os estados com menor custo de energia elétrica do Brasil

O Centro de Liderança Pública (CLP) realizou um levantamento a respeito dos estados com menor custo de energia elétrica do país. O indicador considera a tarifa média (com impostos) praticada para o consumo comercial, residencial, industrial e rural, ponderada pela participação dessas classes no consumo total de energia.

O levantamento mostra que Santa Catarina está na 4ª posição do ranking dos estados com menor custo de energia elétrica do país, ficando atrás apenas do Amapá, Roraima e Rondônia. Nas últimas cinco colocações, aparecem Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rio de Janeiro.

A CLP utilizou como fonte para a pesquisa o Ranking de competitividade dos estados e a ANEEL. Confira o gráfico com os dados:

Gráfico do custo de energia elétrica nos estados (Foto: Divulgação/Reprodução/CLP).

Codesam do Grupo Ceesam emite comunicado sobre reajuste tarifário

Anualmente a partir de outubro, a CODESAM aplica aos consumidores as novas tarifas homologadas pela ANEEL.

No último dia 26 de setembro de 2.023, a ANEEL divulgou as tarifas homologadas para todas as Cooperativas pertencentes ao Estado de Santa Catarina.

Assim, através da Resolução Homologatória nº 3.256, de 26/09/23, a CODESAM foi a Permissionária que mais obteve redução no preço do kW/h a ser aplicado aos seus consumidores conforme visto da tabela 1 abaixo:

Tabela 1 – Fonte: Fls. 23 Nota Técnica nº 108/2023-STR/ANEEL, de 19 de setembro de 2023.

A CODESAM vem se destacando nos últimos anos como a melhor Distribuidora de Energia Elétrica no cenário nacional, e, neste momento vem a praticar uma das tarifas mais baixas de mercado conforme o gráfico 1:

Gráfico 1 – Fonte: Fls. 7 Nota Técnica nº 108/2023-STR/ANEEL, de 19 de setembro de 2023.

Estas tarifas homologadas são os resultados obtidos através da redução de custos com a operação e manutenção do sistema e pela compra de energia elétrica a um preço mais baixo no Ambiente de Contratação Livre (ACL).  “Não é fácil chegar nessa posição, mas sabemos que precisamos continuar evoluindo e melhorando nossas práticas afim de atendermos as necessidades de cada um de nossos consumidores”, garante nosso Engenheiro Eletricista Geninho.

“Este cenário, mostra como a Diretoria da CODESAM juntamente com o seu quadro de funcionários, busca constantemente satisfazer seus consumidores, reduzindo custos, obtendo eficiência e agilidade no atendimento, aplicando uma tarifa justa para manter o sistema eficiente e confiável”, afirma nosso Presidente Lorivald Beyer.

Usinas eólicas e solares centralizadas somam 7 GW da capacidade instalada apenas em 2023

Rio Grande do Norte, Bahia e Minas Gerais respondem sozinhos por 5,7 GW instalados no ano

O Brasil se aproximou em outubro dos 8 gigawatts (GW) em empreendimentos de geração inaugurados em 2023, concluindo o mês com uma expansão de 7.799,1 megawatts (MW) registrada para Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) ao longo do ano. Duas fontes, a eólica e a solar centralizadas, responderam por 89,8% desse avanço, com a entrada em operação de 7.007,4 MW nos últimos 10 meses.

 A ampliação da matriz elétrica foi verificada até outubro em 19 estados das cinco regiões brasileiras. Em ordem decrescente, apresentaram os maiores resultados até 31/10 os estados do Rio Grande do Norte (1.957,1 MW), Bahia (1.934,0 MW) e Minas Gerais (1.815, 7 MW), No recorte apenas para o mês de outubro, o Rio Grande do Norte obteve o maior salto, de 161,4 MW, seguido de perto pelo Piauí (153,9 MW), pela Bahia (152,5 MW) e por Pernambuco (150,0 MW). Com uma usina termelétrica de 21,5 MW, o Mato Grosso do Sul completa a lista de crescimento da potência instalada no mês.

Capacidade instalada 

O Brasil somou 195.718,1 MW de potência fiscalizada, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da ANEEL, o SIGA, atualizado diariamente com dados de usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção. Desse total em operação, ainda de acordo com o SIGA, 83,8% das usinas são consideradas renováveis. 

A ANEEL atualiza diariamente os dados de geração do país por meio do Sistema de Informações de Geração da ANEEL, o SIGA. Ele apresenta dados de usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção.

Outras informações sobre o acompanhamento da expansão da oferta de geração estão disponíveis em painéis interativos em www.aneel.gov.br/acompanhamento-da-expansao-da-oferta-de-geracao-de-energia-eletrica. Esses painéis, atualizados mensalmente, mostram a previsão para a entrada de novas unidades geradoras para os próximos anos. Eles trazem ainda um histórico da expansão da geração desde a criação da ANEEL (1997). Além dos painéis, também está disponível a base de dados com informações de previsão e acompanhamento de obras dos empreendimentos outorgados para construção.

Infográfico – Expansão da Matriz Elétrica Brasileira (outubro/2023)

Petrobras (PETR4) firma acordo para avaliar negócios de e-metanol com European Energy

Acordo tem caráter não vinculante e busca avaliar oportunidades para desenvolvimento de projeto de planta de e-metanol no Brasil

A Petrobras (PETR4) assinou com a European Energy, empresa dinamarquesa com atuação verticalizada na transição energética, incluindo geração renovável e soluções à base de hidrogênio verde, memorando de entendimentos para avaliação, em caráter não vinculante, de oportunidades de negócios para desenvolvimento de projeto de planta de e-metanol no Brasil.

De acordo com comunicado, solução de baixo carbono com aplicações em processos industriais ou como combustível, especialmente no transporte marítimo, o e-metanol é produzido através da junção do hidrogênio verde, obtido a partir de fontes renováveis, como solar e eólica, e do dióxido de carbono de origem biogênica.

“O Memorando de Entendimentos está alinhado aos elementos estratégicos do Plano Estratégico 2024-28, que visam a preparar a Petrobras para um futuro mais sustentável, contribuindo para o sucesso da transição energética”, diz a estatal, no documento.

Fontes: AGENCIA SENADO – ANEEL – ABRAPCH – CANAL NEGÓCIOS – CANAL ENERGIA –  CNN – ESTADÃO – EXAME – FOLHA – GAZETA DO POVO – OCESC – INFOCLIMA – ONS – MME – NSC TOTAL – PORTAL G1 – PORTAL GLOBO.COM – REVISTA VEJA – VALOR ECONÔMICO

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