O Informativo Enermerco (edição de outubro) é um compilado das informações mais relevantes do mercado de energia do período, exclusivamente elaborado para o seu acompanhamento mensal.
Já estando situados no início do período úmido, podemos dizer que os índices pluviométricos não decepcionaram para esse mês de outubro. Uma frente fria promoveu as chuvas entre o Sudeste e o Centro-Oeste no dia 19 deste mês. Um cavado se intensificou no Sul e formou uma área de baixa pressão próximo da região que foi o motivo das chuvas fortes entre o norte gaúcho, Santa Catarina e o Paraná durante o início da terceira semana do mês. Condições de solo úmido propiciam para que os níveis dos reservatórios continuem a subir.
Assim, o valor médio mensal de setembro, ficou assim estabelecido:
SE/CO | S | NE | N | |
PLD Médio Mensal | 56,08 | 56,08 | 56,08 | 56,08 |
Nas 2 primeiras semanas de outubro conferimos que a condição de bloqueio ficou mais restrita à área norte, avançando para a parte mais central do país e enfraquecendo no final do período. Já a partir da segunda metade do mês verificamos as frentes de umidade se deslocando mais para norte e nordeste justamente devido à presença de altas atmosféricas no Sul, interferindo no curso das frentes vindas do oceano pacífico.
A presença da alta pressão continua exercendo influência direto nas precipitações ocorridas no país, é possível ver que o bloqueio está mais relacionado a alta do Atlântico, não tão posicionado sobre o continente. A região da CBM apresentou aquecimento nos últimos dias do mês passado, mas a TSM voltou a ficar próximo da neutralidade nos últimos dias. As regiões do Niño se mantêm estáveis, um pouco mais frias que a neutralidade, exceto a região do niño12 que apresentou resfriamento significativo, o que justifica os sistemas de alta pressão mais intensos e lentos vistos durante o mês de outubro.
Para o mês de novembro a expectativa é de um início com chuva em boa parte do país. Além disso, está previsto a chegada de uma massa de ar frio forte atingindo a região central e sul do país. Essa condição de baixa térmica deve acrescer na manutenção do bom nível dos reservatórios na transição entre outubro e novembro.
No final de setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL anunciou que a bandeira tarifária referente ao consumo do mês de outubro de 2022 será verde para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional – a malha de transmissão de energia que cobre quase todo o território brasileiro. Com a bandeira verde, que indica condições favoráveis de geração de energia, não há complemento de cobrança na tarifa.
Pierro Campestrini – Diretor da Enermerco
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, divulgou no final de setembro, novos comparativos de geração e consumo no SIN – Sistema Interligado Nacional.
O Sistema Interligado Nacional é o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil, sendo um sistema hidro-termo-eólico de grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas e com diversos proprietários. O Sistema Interligado Nacional é constituído por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da região Norte. Em comparação ao mesmo período de 2021, temos leves decréscimos no consumo (-2,5%) e na geração (-2,1%):
As fontes de geração, acima demonstradas, mostram parte do panorama da produção nacional. Em relação à comparação da geração com o mesmo período do ano anterior, constata-se um vultoso aumento na geração da energia hidráulica. Com isso, a geração térmica decaiu consideravelmente.
No mapa de Energia Natural Afluente do SIN, observamos os percentis da ENA em todos os Submercados. Trata-se de mais um parâmetro de operação do SIN – Sistema Interligado Nacional, que o ONS – Operador Nacional do Sistema, monitora para gerenciar a geração de energia elétrica do país.
No gráfico a seguir, temos a ENA acumulada do mês anterior, em cada submercado:
Este cenário se mostrou o 46º melhor histórico:
O Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) é um mecanismo financeiro que visa o compartilhamento dos riscos hidrológicos que afetam os agentes de geração, buscando garantir a otimização dos recursos hidrelétricos do Sistema Interligado Nacional (SIN). Para verificar a quantidade de energia produzida em relação à garantia física das usinas pertencentes ao MRE, foi criado o Fator de Ajuste da Garantia Física, ou Generation Scaling Factor – GSF. Ele mede a geração hidráulica em relação à garantia física, cujo cálculo é feito mensalmente pela CCEE.
Em setembro, atingiu-se uma geração de 70,9% em relação às Garantias Físicas para o ano de 2022:
Os custos decorrentes da manutenção da confiabilidade e da estabilidade do sistema no atendimento à demanda por energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) são denominados Encargos de Serviço do Sistema (ESS). Estes valores são pagos por todos agentes com medição de consumo registrada na CCEE, na proporção de seu consumo. Os ESS são expressos em R$/MWh.
No mês de setembro/2022, somando os Encargos de Serviço do Sistema, dentre as Restrições Operativas e as de Segurança Energética, obteve-se um total de R$ 7,93 milhões. Acompanhe como este resultado se solidificou:
O trimestre OND é marcado pelo aumento gradual da atividade convectiva no Brasil Central – área que compreende desde o oeste do Amazonas, passando pelo norte do Mato Grosso até Minas Gerais. No sul dos Estados do Amazonas e Pará e no norte do Mato Grosso, os totais acumulados no trimestre podem chegar a 800 mm. No leste da Região Centro-Oeste e em grande parte do Sudeste, predominam totais pluviométricos entre 500 mm e 700 mm. Os sistemas frontais e a configuração da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) são os principais sistemas meteorológicos responsáveis pelo aumento das chuvas nestas áreas. Na Região Nordeste, ainda predomina o período de estiagem e os totais acumulados são mais baixos, entre 25 mm e 100 mm, no norte do Piauí e na maior parte dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Na Região Sul, as frentes avançam mais rapidamente e ocorre uma diminuição das chuvas especialmente no sul do Rio Grande do Sul, onde são esperados acumulados trimestrais entre 200 mm e 400 mm. Neste período do ano, as temperaturas máximas são mais elevadas na Região Nordeste, entre 28ºC e 34ºC, e mais amenas no leste das Regiões Sul e Sudeste, onde os valores podem variar entre 20ºC e 28ºC. Nas áreas serranas das Regiões Sul e Sudeste, a temperatura mínima ainda pode chegar a 10ºC. As climatologias de precipitação e temperaturas máxima e mínima, no Brasil, são mostradas a seguir:
De janeiro a outubro, fonte teve crescimento de 44,8%
O Brasil ultrapassou uma nova marca histórica, a de 20 GW de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 9,6 % da matriz elétrica do País.
Segundo mapeamento, de janeiro ao início de outubro deste ano, a energia solar cresceu 44,4%, saltando de 13,8 GW para 20 GW. Nos últimos 120 dias, o ritmo de crescimento tem sido praticamente de 1 GW por mês, o que coloca a fonte na terceira posição da matriz elétrica brasileira. De acordo com a associação entidade, a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 103 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 27,2 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 600 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 28,4 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, o crescimento da fonte solar é a combinação perfeita entre sustentabilidade e energia barata, aspectos fundamentais na tomada de decisão dos consumidores e do setor produtivo. Segundo ele, o Brasil acordou para a energia solar e seus benefícios, cujo crescimento acelerado colocará em breve a fonte fotovoltaica na segunda posição da matriz elétrica brasileira. No segmento de geração própria de energia, são praticamente 13,5 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 73,9 bilhões em investimentos, R$ 17,2 bilhões em arrecadação e 405 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9 % de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento.
Fonte solar teve 24 novas marcas no período, enquanto fonte eólica obteve cinco. No último dia 27, geração solar no NE teve pico de 3.499 MW
Em setembro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico registrou 29 recordes na geração de energia solar e eólica. A fonte solar se destacou no período, com 24 novas marcas aferidas no mês, as mais recentes delas confirmadas entre os dias 27 e 29 de setembro. No dia 27 foi observado, em geração de energia solar instantânea do subsistema Nordeste, às 9h46, o pico de 3.499 MW, o que representa 32,1% da demanda da região. O dado anterior era de 3.450 MW, às 11h12 de 5 de setembro. Ainda no Nordeste, foi verificado, em 28 de setembro, um recorde na geração solar média: 1.372 MW médios, o mesmo que 11,8% da demanda. O anterior, no mesmo subsistema, era de 1.315 MW médios, registrado no dia 13.
No dia 29 de setembro foram registrados três novos recordes na geração solar: um no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e dois no Sistema Interligado Nacional. No SE/CO, a marca foi na geração instantânea com 1.773 MW ou 4,4% da demanda, às 11h38. O resultado anterior foi atingido no dia 25, com 1.649 MW. Os números do SIN foram identificados também na instantânea, com 5.155 MW, igual a 7,4% da demanda e na média, com 1.945 MW med, que é 2,8% da demanda. Os registros superaram as medições de 10 de setembro – 4.876 MW – e de 13 de setembro – 1.937 MW médios – respectivamente.
Com relação à geração de energia eólica, o Brasil registrou cinco novos recordes no mês, todos entre os dias 5 e 7. O SIN atingiu 15.890 MW médios, o que representou 22,9% da demanda de energia do SIN. O melhor resultado anterior fora de 15.150 MW med, em 30 de agosto de 2022. As outras duas melhores marcas de geração eólica foram no subsistema Nordeste. A instantânea chegou a 16.618 MW, às 22h21. O valor representa 142,5% da demanda. O melhor resultado anterior foi de 16.055 MW, aferido em 30 de agosto. A nova marca na geração média de energia eólica no subsistema é de 14.439 MW med, o que corresponde a 136,6 % da demanda.
Para Absolar, adesão a ASI pode ampliar protagonismo brasileiro no cenário mundial da fonte fotovoltaica
O Senado aprovou na quinta-feira, 06 de outubro, o projeto de decreto legislativo 271/2021, que permite ao Brasil a adesão ao acordo-quadro sobre a Aliança Solar Internacional (ASI). O acordo auxilia países membros no enfrentamento a desafios para difusão da energia solar. Agora o texto vai à promulgação.
O CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, afirmou que a aprovação é uma medida estratégica para ampliar o protagonismo brasileiro no uso e desenvolvimento da tecnologia fotovoltaica no cenário mundial.
Segundo o executivo, a medida insere o País de forma mais direta no debate para o desenvolvimento da fonte solar no mundo. “A adesão à ASI abre portas para que o Brasil se beneficie de programas e ações multilaterais nas áreas de financiamento, programas de incentivo, políticas públicas, regulação, modelos de negócio, tecnologia e pesquisa e desenvolvimento, entre outras”, ressaltou.
“O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, mas está atrasado frente aos demais países no uso da energia solar fotovoltaica. Fechamos 2021 na 13ª posição no ranking mundial da energia solar, muito aquém do nosso potencial imenso. Nas outras fontes renováveis, como hídrica, biomassa e eólica, o Brasil já é uma liderança global. Assim, precisamos recuperar o tempo perdido e nossa participação plena na ASI contribuirá para que possamos incorporar as melhores práticas internacionais, acelerar o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica em nosso País e nos posicionar como um ator relevante neste setor, cada vez mais estratégico no cenário internacional”, explica Sauaia.
Já para o presidente do conselho de administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, a energia solar tem papel essencial na transição para um futuro com baixas emissões de e missões de efeito estufa. “A fonte solar já é a mais competitiva do Brasil e ocupa atualmente a terceira posição na matriz elétrica nacional. A adesão à ASI reflete a pujança e o papel cada vez mais relevante do mercado brasileiro de energia fotovoltaica na geopolítica internacional”, aponta. Vale lembrar que o programa foi anunciado pelos governos da Índia e da França em 2015, com os objetivos de reduzir o custo da energia solar, mobilizar mais de US$ 1 trilhão em investimentos para a implementação maciça de energia solar até 2030 e preparar o caminho para novas tecnologias usando o Sol como recurso primário. O pedido do Brasil para a entrada na Aliança Solar Internacional foi encaminhado pela presidência da República ao Congresso Nacional no dia 26 de fevereiro de 2018, em regime de prioridade.
Segundo Sachsida, mudanças a serem lançadas em novembro devem afetar a má alocação de recursos e combater ineficiências do setor
O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse em entrevista ao programa A Voz do Brasil que vai anunciar no mês que vem medidas para reduzir as tarifas de energia elétrica em até 10% a partir do ano que vem. Sem detalhar o que seriam essas medidas, ele mencionou mudanças que vão reduzir a má alocação de recursos e ineficiências do setor elétrico, respeitando contratos e com total transparência.
O governo também deve lançar nas próximas semanas os normativos legais para eólica offshore e hidrogênio verde, destacou o ministro no programa da sexta-feira, 7 de outubro. Segundo ele, o país vai ter um marco legal para que os interessados possam investir com previsibilidade e segurança.
No caso das ações de redução tarifária, os beneficiários seriam consumidores e micro e pequenos empresários. “Quero anunciar que o Brasil continuará tendo novas reduções de energia. Ela vai ficar mais barata seguindo a queda que nós já tivemos esse ano”, afirmou Sachsida. A previsão vai de encontro às preocupações da Agência Nacional de Energia Elétrica quanto à permanência no ano que vem das pressões tarifárias sobre o setor.
Sachsida associou a abertura do mercado no segmento de varejo à redução do custo da energia elétrica para a população mais carente. “O mercado livre de energia é o sol dos mais pobres”, disse o ministro, usando uma analogia com a produção da energia por meio de painéis fotovoltaicos, hoje acessível a uma parcela restrita da população. Avaliações da Aneel e da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica mostram que o consumidor mais pobre pode ser justamente aquele que deve permanecer na distribuidora, por não interessar ao mercado.
MME aponta aumento de mais de 80% na capacidade instalada de fonte fotovoltaica referente à Geração Distribuída (GD)
O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou na segunda-feira, 10 de outubro, o boletim mensal de energia referente ao mês de julho de 2022 e mostrou uma tendência de aumento de mais de 80% na capacidade instalada de fonte fotovoltaica referente à Geração Distribuída (GD) em relação ao ano anterior.
De acordo com o MME, o forte aumento da GD é reflexo de políticas públicas de incentivo às fontes de energia renováveis e da Micro e Mini Geração Distribuída, como a Lei nº 13.203/2015 e a Lei nº 14.300/2022. “Considerada o marco-legal da GD, a Lei 14.300 gerou uma “corrida” no setor, diante da oportunidade de assegurar a gratuidade da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD)”.
Segundo o boletim mensal, a oferta de energia hidráulica segue apresentando tendência de crescimento, de 7,6% no ano, mesmo com recuo da importação de Itaipu, de 13,8%. Somada à diminuição do consumo de gás natural para geração elétrica e à retomada da participação dos produtos da cana, apresenta-se um cenário de decréscimo da participação das termelétricas fósseis. De acordo com o MME, isso gera menores perdas durante a geração e impacta em um índice menor de crescimento da oferta interna de energia (OIE) quando comparada ao consumo final de energia (CFE). Assim, para 2022, estima-se que a OIE cresça em torno de 0,9%, enquanto o CFE chegaria a 2,8%, com as renováveis subindo de participação, de 44,7% para 46,5%.
Por outro lado, na oferta interna de energia elétrica (OIEE) há uma tendência de aumento de 2,1%, com as renováveis atingindo participação de 84,5% no ano. Segundo o MME, diante da lei complementar 194/2022, com alteração da incidência do ICMS, o preço das tarifas de eletricidade segue em tendência de queda. Em relação ao mês de julho do ano passado, houve uma redução de 10,5%, 8,0% e 6,1% para os setores residencial, comercial e industrial, respectivamente. Quando comparadas a todo ano anterior, as tarifas ainda apresentam alta. Para finalizar, o consumo comercial continua em destaque, com alta de 9,9% no mês em relação ao mês de julho de 2021 (9,2% no ano). O consumo residencial cresceu 0,6% no mês, em relação ao mês anterior, e cresce a 0,7% no ano. Já o consumo industrial teve alta de 2,4% no mês, em relação ao mês anterior, e cresce a 0,4% no ano.
Expectativa do estudo do Inter Research é de bandeira verde ao longo de 2023
Os reservatórios do Brasil encerram período seco com melhor patamar desde 2011, apesar da retração de 3,34% do volume equivalente do SIN (Sistema Interligado Nacional) em comparação com setembro, segundo o relatório “Inter Setores Utilities”, realizado pelo Inter Research, com
base em dados da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
De acordo com dados do ONS, os resultados aferidos no último mês foram os melhores para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste na última década: 51% de energia armazenada em setembro de 2022, o maior percentual desde 2011 (65,4%).
O estudo observou também em setembro uma retração de 58% – ano a ano – no nível de geração térmica, dada a melhora do cenário hídrico e a expansão anual da energia eólica (14%) e da fotovoltaica (55%).
Com a estabilidade do cenário hidrológico, a bandeira verde foi anunciada em 16 de abril deste ano, sendo mantida em outubro segundo anúncio da Aneel.
Em entrevista à CNN, Rafael Winalda, analista do Inter Research, afirma que, com o desempenho positivo desse período seco e com a expectativa de chuva nos próximos meses, a bandeira verde deverá ser mantida durante o ano de 2023.
“Nosso patamar hídrico está bem confortável e esperamos um período chuvoso normal, que será entre o final de outubro até março. Como o nosso sistema é muito dependente da energia hídrica, a expectativa, de acordo com esse último estudo, é de que não será necessário um maior despacho de energia térmica, ou seja, não será preciso acionar nenhum tipo de bandeira no próximo ano, se tivermos um período de chuva normal”, disse Winalda.
O relatório mostra que o período de temperaturas mais elevadas e maior seca na região Norte, levaram a uma retração de 14 pontos percentuais (p.p.) no volume dos reservatórios, porém ainda se encontra consideravelmente acima de sua média desde o ano 2000.
Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste apresentaram certa estabilidade, mas ainda acima de suas médias históricas.
A região Sul apresentou um crescimento de 0,4 p.p. em seu nível de reservatórios, que alcançaram uma marca de 91%, devido às baixas temperaturas e ao aumento do nível de chuvas.
O nível de afluência (ou seja, quantidade de água recebida por uma usina hidrelétrica que pode ser transformada em energia) dos subsistemas das regiões Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste encontra-se alinhado com a sua curva de sazonalidade, se mantendo próximo à sua média dos últimos 5 anos.
A região Sul foi o grande destaque do mês, apresentando um salto de 128% de nível de ENA em comparação a setembro.
Segundo o relatório do Inter Research, considerando dados até dia 15 de outubro, entre os estados que lideram as variações de consumo por estado estão Rondônia (8,8%), Rio Grande do Sul (8,5%) e Maranhão (7,6%) no crescimento a/a em comparação ao ano anterior.
Do outro lado, Piauí (-4,7%) e Rio Grande do Norte (-3,7%) apresentam as maiores retrações ano a ano. Roraima não faz parte do SIN.
Entre os setores que se destacaram com o crescimento anual o estudo destacou: setor comercial (6,7%), industrial (2,9%) e residencial (2,1%).
Fontes: AGENCIA SENADO – ANEEL – ABRAPCH – CANAL NEGÓCIOS – CANAL ENERGIA – CNN – ESTADÃO – EXAME – FOLHA – GAZETA DO POVO – OCESC – INFOCLIMA – ONS – MME – NSC TOTAL – PORTAL G1 – PORTAL GLOBO.COM – REVISTA VEJA – VALOR ECONÔMICO
Arquivo | Tamanho | Downloads |
---|---|---|
Informativo-Enermerco-2210 | 2 MB | 188 |