O Informativo Enermerco (edição de setembro) é um compilado das informações mais relevantes do mercado de energia do período, exclusivamente elaborado para o seu acompanhamento mensal.
O mês de setembro se apresenta como um momento de transição entre o fim do período seco e início do período úmido, que se inicia na segunda metade do mês de outubro. Ou seja, é um momento muito importante de análise dos níveis dos reservatórios, impactando sensivelmente na volatilidade dos preços no mercado. Confira abaixo gráfico comparativo dos volumes dos reservatórios neste período ao longo dos anos.
Durante as últimas semanas passaram zonas de altas atmosféricas na região central do país, que causaram a dificuldade no transporte de umidade e se tornaram um obstáculo para a chegada de zonas de baixa pressão. Devido a essas condições, a temperatura no interior do continente se mostrou bastante elevada durante a primeira semana do mês de setembro.
A região da CBM apresenta aquecimento, passando a apresentar anomalias positivas, porém dentro da neutralidade. As regiões do Niño se mantem estáveis, um pouco mais frias que a neutralidade, porém não apresentando taxas de aquecimento ou resfriamento que possam justificar mudanças abruptas no padrão atmosférico atual. Os ventos alísios não estão intensificando a diminuição da temperatura do pacífico.
Nas últimas semanas os gráficos com índices de ZCAS previram condições para precipitação significativa sobre a região sul, chegando ao litoral da região sudeste afetando a bacia do Grande no Sudeste, além das bacias localizadas no sul do país. Tais condições de precipitação causaram elevação na ENA da região sul.
Para essa semana zonas de altas atmosféricas que antes estavam sempre presentes, perdem força na faixa central do país. Com isso uma frente fria deve provocar chuvas volumosos no Sudeste. Com potencial para aumento da ENA dessa região.
O valor médio mensal do PLD de agosto, ficou assim estabelecido:
SE/CO | S | NE | N | |
PLD Médio Mensal | 76,90 | 76,90 | 76,90 | 76,90 |
Lembrando que os principais fatores responsáveis pela variação na função de custo futuro do modelo DECOMP estão atreladas, entre outros fatores, à previsão de afluências e demanda no Sistema Interligado Nacional – SIN, que corresponde à estimativa do volume de água que deverá chegar aos reservatórios.
Para o mês de agosto, assim como de setembro, a bandeira estabelecida foi a VERDE, com condições favoráveis à geração de energia.Criado pela ANEEL, o sistema de bandeiras tarifárias funciona como uma sinalização para que o consumidor de energia elétrica conheça, mês a mês, as condições e os custos de geração no País. Quando a produção nas usinas hidrelétricas (energia mais barata) está favorável, aciona-se a bandeira verde, sem acréscimos na tarifa. Em condições ruins, podem ser acionadas as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2.
Pierro Campestrini – Diretor da Enermerco
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, divulgou no final de agosto, novos comparativos de geração e consumo no SIN – Sistema Interligado Nacional.
O Sistema Interligado Nacional é o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil, sendo um sistema hidro-termo-eólico de grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas e com diversos proprietários. O Sistema Interligado Nacional é constituído por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da região Norte.
Em comparação ao mesmo período de 2021, temos leves acréscimos no consumo (0,6%) e na geração (2,1%):
As fontes de geração, acima demonstradas, mostram parte do panorama da produção nacional. Em relação à comparação da geração com o mesmo período do ano anterior, constata-se um vultoso aumento na geração da energia hidráulica. Com isso, a geração térmica decaiu consideravelmente.
No mapa de Energia Natural Afluente do SIN, observamos os percentis da ENA em todos os Submercados. Trata-se de mais um parâmetro de operação do SIN – Sistema Interligado Nacional, que o ONS – Operador Nacional do Sistema, monitora para gerenciar a geração de energia elétrica do país.
No gráfico a seguir, temos a ENA acumulada do mês anterior, em cada submercado:
Este cenário se mostrou o 43º melhor histórico:
O Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) é um mecanismo financeiro que visa o compartilhamento dos riscos hidrológicos que afetam os agentes de geração, buscando garantir a otimização dos recursos hidrelétricos do Sistema Interligado Nacional (SIN). Para verificar a quantidade de energia produzida em relação à garantia física das usinas pertencentes ao MRE, foi criado o Fator de Ajuste da Garantia Física, ou Generation Scaling Factor – GSF. Ele mede a geração hidráulica em relação à garantia física, cujo cálculo é feito mensalmente pela CCEE.
Em agosto, atingiu-se uma geração de 76,1% em relação às Garantias Físicas para o ano de 2022:
Os custos decorrentes da manutenção da confiabilidade e da estabilidade do sistema no atendimento à demanda por energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) são denominados Encargos de Serviço do Sistema (ESS). Estes valores são pagos por todos agentes com medição de consumo registrada na CCEE, na proporção de seu consumo. Os ESS são expressos em R$/MWh.
No mês de agosto/2022, somando os Encargos de Serviço do Sistema, dentre as Restrições Operativas e as de Segurança Energética, obteve-se um total de R$ 10,93 milhões. Acompanhe como este resultado se solidificou:
Neste trimestre SON, ocorre o início do período chuvoso no centro-sul da Região Norte e na Região Centro-Oeste, com totais acumulados que podem atingir valores entre 500 mm e 800 mm no oeste do Amazonas. No sul da Amazônia, os índices mais significativos ocorrem a partir da segunda quinzena de outubro. Ressaltam-se os baixos índices de umidade relativa do ar que podem ocorrer em situações de estiagem. Comportamento similar pode ser notado na Região Sudeste, onde também ocorre o aumento gradual das chuvas e os valores trimestrais podem variar entre 300 mm e 400 mm. No norte da Região Nordeste, os valores de precipitação costumam ser inferiores a 200 mm, com destaque para o norte do Piauí e noroeste do Ceará, onde as chuvas são mais escassas. Na maior parte da Região Sul, as chuvas estão associadas à passagem de frentes frias e ao início da atuação dos complexos convectivos de mesoescala – nuvens intensas, com grande extensão vertical, que causam trovoadas e rajadas de vento. Nessa Região, os totais variam entre 300 mm e 700 mm. No decorrer deste trimestre, verifica-se uma diminuição da incursão de massas de ar frio nas Regiões Sul e Sudeste. Contudo, ainda pode ocorrer acentuado declínio de temperatura mínima nas áreas serranas da Região Sul, com valores médios trimestrais variando entre 8°C e 18ºC. As climatologias de precipitação e temperaturas máxima e mínima, no Brasil, são mostradas a seguir:
O Brasil consumiu 1,4% mais energia elétrica no primeiro semestre, segundo prévia da CCEE. O Crescimento puxado pelo mercado livre, que fornece energia para grandes empresas, se explica pela retomada de setores como Serviços e Bebidas, além do bom momento para exportações O Brasil consumiu 66.028 megawatts médios de energia elétrica no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. Na análise da organização, o aumento de 1,4% em relação ao mesmo período de 2021 se deu principalmente por conta da retomada das atividades em alguns setores importantes da economia, como Bebidas, Alimentos e Serviços, além do bom momento para exportações.
O avanço foi impulsionado pela alta de 6,6% registrada no mercado livre. O ambiente, que fornece energia para a indústria e grandes empresas, como shoppings e redes de varejo, utilizou 23.428 MW médios, volume que representa 35,5% do consumo total nos primeiros seis meses do ano.
Os outros 64,5% do total, que representam 42.599 MW médios, foram destinados ao mercado regulado, que abastece pequenas empresas e as residências. O segmento, porém, recuou 1,3% no comparativo anual. Para a CCEE, a queda é reflexo tanto da saída de consumidores para o ambiente livre como do crescimento de instalação de sistemas de micro e minigeração distribuída, ou seja, painéis solares instalados em residências e empresas, que reduzem a demanda na rede elétrica.
Se desconsiderássemos a migração entre os dois ambientes, o regulado apresentaria alta de 0,4%, enquanto o livre teria um crescimento menos acentuado, de 2,9%. Sem a tecnologia para geração da própria energia, haveria uma alta de 0,5% no volume consumido pelo ACR.
Entre os 15 setores da economia com consumo de energia monitorados pela CCEE, nos seis primeiros meses deste ano as maiores taxas de aumento foram registradas no ramo de Serviços (29%), Madeira, Papel e Celulose (16%) e Bebidas (6%). A indústria têxtil teve a maior queda, de 5%, enquanto comércio, metalurgia e produtos de metal, minerais não-metálicos, telecomunicações e veículos registraram redução de 1%, cada setor.
Apenas oito dos 26 estados que integram o Sistema Interligado Nacional – SIN tiveram quedas no consumo de energia no primeiro semestre em relação a 2021. O bom desempenho dos setores que negociam seu fornecimento no mercado livre levou ao crescimento em regiões da Bahia, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Nos locais onde houve redução, a CCEE observou maiores quantidades de chuvas e temperaturas mais amenas, que levaram a um menor uso de aparelhos como ar-condicionado e, consequentemente, a uma redução da demanda por energia.
O resultado, de acordo com a CCEE, foi impulsionado sobretudo pelo segmento de super e hipermercados.
As grandes redes de comércio aumentaram o seu consumo de energia elétrica em 19,2% no mês de julho, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, o ramo de ativid’ades utilizou 1.367 megawatts médios.
O resultado, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, responsável pelo levantamento, foi impulsionado sobretudo pelo segmento de super e hipermercados, que apresentou alta de 13,4%. De forma geral, o comércio registrou os maiores avanços nos estados do Mato Grosso do Sul (103,1%), Paraná (47,7%) e Rio Grande do Sul (20,4%).
O setor vem registrando crescimento no consumo de eletricidade ao longo do ano. São supermercados de médio e de grande porte, incluindo varejistas e atacadistas, que negociam o insumo no mercado livre. Além da retomada da economia, a CCEE também associa o aumento a chegada de novos consumidores nesse ambiente, migrados das distribuidoras.
Passada a fase mais crítica da pandemia de COVID-19, que obrigou empresas do mundo inteiro a repensarem modelos de trabalho, estamos diante de uma oportunidade de reprogramar nossas referências. O conceito de “todo lugar ao mesmo tempo” nunca fez tanto sentido e, hoje, o grande desafio das corporações é se adequar a um mundo em que a mistura entre o físico e o digital, junto com a ideia de interações assíncronas, vai imperar.
Obviamente, estar presencialmente na empresa tem suas vantagens. Podemos resolver algumas questões de forma mais rápida, socializar com os colegas, realizar uma divisão mais clara entre vida profissional e pessoal. Por outro lado, toda a comodidade e flexibilidade que temos quando trabalhamos de casa é um argumento que pesa muito para que os colaboradores pleiteiem essa opção.
A provocação que fica para as companhias é como tornar o ambiente corporativo mais agradável e atrativo. Ele precisa ter mais propósito para existir. Mais do que um lugar de trabalho, deve ser sinônimo de um local de atualização de cultura da organização, uma espécie de central onde as pessoas possam se encontrar e compartilhar informações de forma descontraída. Afinal, quem disse que um escritório não pode ser eficiente e divertido?
O primeiro passo para alcançar isso é dar mais autonomia aos funcionários. Para que esse novo espaço de convivência seja mais prazeroso, é fundamental que as empresas invistam em locais de interação com os colegas e descompressão, menos conservadores e com design criativo, além de uma boa campanha para engajamento dos colaboradores.
Outro ponto importante, para casos de trabalho híbrido, é estabelecer processos que permitam conciliar agendas e levar pessoas certas no dia certo. Precisa valer a pena sair de casa, deixar a família, enfrentar o trânsito ou gastar com alimentação para fazer algo que realmente não seja possível de ser feito por meio de um computador ou celular.
Na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, estamos em meio a um processo de completo redesenho do nosso escritório. Com uma equipe de profissionais capacitados, queremos pensar em espaços que coloquem as pessoas em primeiro lugar. Queremos que o colaborador queira estar aqui.
Inicialmente, definimos o programa de necessidades, que mapeou as características desejadas do novo ambiente. Espaços de convivência informais, os worklounges, estarão no espaço ocupado anteriormente pelas estações individuais. O ambulatório dará lugar ao espaço saúde, onde serão oferecidos serviços que tratam do colaborador de forma completa, reforçando a atenção primária com a saúde. Uma maior quantidade de salas de reuniões, de diversos tamanhos, também é prevista para atendimento de necessidades específicas. Além disso, teremos um espaço planejado para gravação de vídeos, artefatos que tem apoiado significativamente a comunicação assíncrona.
O tema diversidade e inclusão também será tratado no nosso novo escritório. Teremos estações de trabalho flexíveis para pessoas com deficiência e um sanitário neutro, sem gênero definido. Tudo isso está sendo tratado com os conceitos de neuroarquitetura, que é a ciência que estuda os impactos do ambiente nas pessoas. A composição dos ambientes tem a capacidade de impactar diretamente a rotina das pessoas, de forma a motivar ou desestimular a presença em determinado local.
Acreditamos que desta forma conseguiremos fazer com que as pessoas queiram estar no escritório em alguns dias da semana e que sintam produtivas, confortáveis, engajadas e conectadas a organização. Essas iniciativas ajudam a criar um ambiente de confiança e aumentar o senso de pertencimento dos funcionários. A pandemia transformou de forma abrupta as relações de trabalho e é normal que nem todas as empresas estejam 100% prontas para essa nova realidade. Mas o ponto de partida é reconhecer que as estações de trabalho, agora, são um local de conexão e colaboração.
Estudo revisado por pesquisadores da Universidade de Oxford analisou milhares de cenários de custos de transição produzidos pelos principais modelos do setor
A transição global para um sistema de energia descarbonizado até 2050 permitirá ao mundo economizar US$ 12 trilhões em comparação com a continuação dos níveis atuais de uso de combustíveis fósseis. Esta é a principal conclusão de um estudo revisado por pesquisadores da Universidade de Oxford e publicado na revista Joule.
A pesquisa mostra um cenário vantajoso para todos: a rápida transição para a energia limpa resultaria em custos mais baixos dos sistemas energéticos, ao mesmo tempo em que forneceria mais energia para a economia global, expandindo o acesso para mais pessoas em mais partes do mundo. Para chegar a esta conclusão, os estudiosos analisaram milhares de cenários de custos de transição produzidos pelos principais modelos do setor energético e utilizaram dados sobre 45 anos de custos de energia solar, 37 anos de custos de energia eólica e 25 anos para armazenamento de baterias.
Foi descoberto ainda que o custo real da energia solar caiu duas vezes mais rápido do que as projeções mais ambiciosas desses modelos, revelando que nos últimos 20 anos os modelos anteriores sobrestimaram muito os custos futuros da energia limpa.
Segundo o autor principal da pesquisa, Rupert Way, pós-doutorando da Universidade de Oxford, os custos da energia limpa caíram acentuadamente na última década, muito mais rapidamente do que os modelos previam. Ele conta que os modelos anteriores que estimavam custos elevados para a transição dissuadiram as empresas a investir e deixaram os governos cautelosos para cortar a dependência de combustíveis fósseis.
Desde a guerra russa contra a Ucrânia, os custos da energia fóssil dispararam, causando inflação em todo o mundo. O estudo, realizado antes da crise atual, leva em conta essas flutuações, utilizando dados de mais de um século de preços de combustíveis fósseis. A atual crise energética ressalta as conclusões do estudo, demonstra os riscos de continuar a depender de combustíveis fósseis caros e inseguros e confirma que a resposta à crise está na aceleração da transição para energia limpa.
O cenário de “Transição Rápida” do estudo mostra um futuro realista possível para um sistema de energia livre de fósseis por volta de 2050, fornecendo 55% mais serviços de energia globalmente do que hoje, aumentando a energia solar, eólica, baterias, veículos elétricos e combustíveis limpos como o hidrogênio verde
Ainda de acordo com Way, o estudo mostra que políticas ambiciosas para acelerar drasticamente a transição para um futuro de energia limpa o mais rápido possível não só são urgentemente necessárias por razões climáticas, mas podem economizar trilhões de dólares mundiais em custos energéticos futuros, dando um futuro mais limpo, mais barato e seguro em termos de energia.
A pesquisa estima ainda que os custos das principais tecnologias de armazenamento, como baterias e eletrólise de hidrogênio, também deverão cair drasticamente. Enquanto isso, os custos da energia nuclear têm aumentado consistentemente nas últimas cinco décadas, tornando altamente improvável que ela seja competitiva no futuro. O estudo é uma colaboração entre o Institute for New Economic Thinking da Oxford Martin School, o Oxford Martin Programme on the Post-Carbon Transition, a Smith School of Enterprise & Environment da Universidade de Oxford, além do SoDa Labs da Universidade de Monash.
Avaliação ainda não terminou e resultados deverão ser conhecidos no próximo encontro do colegiado, no início de outubro
O Operador Nacional do Sistema Elétrico deverá apresentar o resultado dos estudos sobre o Horário de Verão na próxima reunião do Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico. De acordo com o diretor geral do órgão, Luiz Carlos Ciocchi, a análise que está em curso ainda não foi concluída, mas está próxima de chegar a seu final.
Ele explicou que esse tema é avaliado rotineiramente. E neste ano a investigação tem como base a expansão da fonte solar ao mesmo tempo que a curva da demanda está próxima do verificado no ano passado. “As características climáticas desse ano alteraram a curva de consumo com dias mais frios e limpos e então a demanda recua ao mesmo tempo que a produção solar fica mais eficiente”, explicou o executivo após participar do VI Forum Cogen – Cogeração de Energia e Geração Distribuída, evento realizado nesta quinta-feira, 15 de setembro, em São Paulo.
Segundo uma avaliação inicial, Ciocchi disse que pode ser que a geração solar traga diferenças mas que não deve ser significativa na questão técnica. E lembrou que o horário de verão é uma decisão de governo, e que o ONS sempre avalia periodicamente esse assunto.
Segundo o diretor geral, a decisão de suspensão do leilão de reserva de capacidade, produto potência, deste ano não foi uma surpresa para o órgão. Ciocchi disse que já vinha conversando dentro do fórum adequado para essas discussões que é o CMSE.
No foco estava a não necessidade de contratação desse certame uma vez que há outras formas e mecanismos que poderiam compensar uma eventual necessidade como a resposta da demanda mais organizada do que no passado. E ainda, vê o cancelamento desse certame como uma oportunidade de rever e avaliar os aprendizados do ano passado, ao passo do que ocorre no exterior e assim, “fazer um leilão mais robusto no ano que vem”, comentou.
Normativa permite convênios entre cooperativas e órgãos públicos estaduais
As 22 cooperativas de energia catarinenses celebram um marco importante para o seu desenvolvimento, conquistado na quarta-feira, dia 14. A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovou, e o governador em exercício, Moacir Sopelsa, sancionou, a Lei nº 18.516, que institui a Política Estadual de Apoio às Cooperativas de Energia. A articulação e construção da Política foi realizada pela Federação das Cooperativas de Energia de Santa Catarina, a Fecoerusc.
A norma prevê pelo menos quatro instrumentos de apoio ao crescimento e desenvolvimento destas Instituições. Dentre os principais avanços, estão a possibilidade de parcerias, acordos e celebrações de convênios entre órgãos do governo, como BRDE e Badesc, e as cooperativas de energia, além de incentivos fiscais e creditícios.
“A lei facilita a viabilização de projetos estruturantes nas cooperativas, como a construção de subestações, por exemplo. Com apoio governamental, fica mais fácil executar essas obras que tornam essas empresas mais competitivas. É ganho para elas e consequentemente para o cooperado”, explica Walmir Rampinelli, presidente da Federação das Cooperativas de Energia de Santa Catarina, a Fecoerusc.
Além de distribuir energia elétrica, várias cooperativas também atuam no mercado de geração de energia, por meio de Pequenas Centrais Hidrelétricas. De acordo com o projeto de lei que deu origem à Política, 70,96% da geração de energia elétrica em Santa Catarina é, atualmente, originária de Pequenas Centrais Elétricas (PCH), Centrais Geradoras Elétrica (CGH) e Usinas Hidrelétricas (UHE), reflexo de mais de 285 empreendimentos instalados no Estado. “Esse momento representa o reconhecimento à força do cooperativismo que vai levar energia, mais qualidade de vida e dignidade, especialmente a quem produz. É justo que se faça isso, porque essas cooperativas estão há anos contribuindo com o desenvolvimento de Santa Catarina com suas produções e não podiam firmar convênio com o Estado para melhorarem sua capacidade operacional”, pontua Sopelsa.
Fontes: AGENCIA SENADO – ANEEL – ABRAPCH – CANAL NEGÓCIOS – CANAL ENERGIA – CNN – ESTADÃO – EXAME – FOLHA – GAZETA DO POVO – OCESC – INFOCLIMA – ONS – MME – NSC TOTAL – PORTAL G1 – PORTAL GLOBO.COM – REVISTA VEJA – VALOR ECONÔMICO
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