Informativo Enermerco 2009
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Informativo Enermerco 2010

O Informativo Enermerco (edição de outubro) é um compilado das informações mais relevantes do mercado de energia do período, exclusivamente elaborado para o seu acompanhamento mensal.



Mercado de Energia x Tendência do PLD

Neste informativo damos ênfase e foco aos dados consolidados no período de setembro de 2020, mas como o setor elétrico vêm se tornando um ambiente de notícias e decisões importantes, que nos tomam de surpresa do dia para a noite, não posso deixar de dividir alguns fatos de outubro de 2020.

O mais recente foi o despacho fora da ordem de mérito + importação de energia para o submercado Sul, definido em uma reunião extraordinária do CMSE. Segundo a nota do MME, “o despacho fora da ordem de mérito contribuirá para a preservação dos estoques armazenados nas cabeceiras dos rios Grande e Paranaíba e também para a manutenção da navegabilidade da Hidrovia Tietê-Paraná.”.

Também em outubro, a CCEE vem abordando através de webinar´s os temas que envolvem a solução e cálculo da repactuação do GSF no ACL. Confira a seguir que a CCEE antecipou em 30 dias os cálculos de 102 meses considerados pela lei 14.052/2020, para a extensão das concessões das usinas no âmbito do acordo do GSF. Segundo a entidade, os valores apresentados à Agência Nacional de Energia Elétrica estão 5% acima do reportado dois anos atrás, em R$ 8,8 bilhões. O tempo médio de extensão de concessões é estimado em 494 dias e alcança 423 usinas.

Em relação ao período anterior, setembro trouxe altas nos preços e descolamento entre os submercados.

O principal fator responsável pelo aumento do PLD foi a expectativa de redução de afluências do Sistema Interligado Nacional (SIN). Além disso, os limites de envio de energia da região Nordeste foram atingidos em todos os patamares, mantendo o descolamento dos preços dos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte em relação aos demais.

Além disso, o que pesou foi o fator consumo. Comprando setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, observa-se aumento de 2,9%. O Ambiente de Contratação Regulada (ACR) apresentou aumento de 0,5%. Excluindo o impacto das migrações de consumidores do ACR para o ACL, o aumento seria de 2,7%.

O PLD médio de Agosto de 2020 se consolidou conforme o quadro abaixo:

Demonstrativo do PLD Médio

Mês Submercado
Setembro 2020 SE/CO S NE N
100,84 100,84 77,37 100,84

O consumo de energia do ACL, composto em sua maioria por grandes consumidores de energia, apresentou aumento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado, porém, ao expurgar o impacto da migração dos consumidores cativos, o ACL apresentaria variação positiva de 3,5%.

Os consumidores livres apresentaram aumento de 9,2% e os especiais, elevação de 5,5%, ao expurgar o efeito da migração, observa-se aumento de 2,6% e queda de 0,8%, respectivamente. Os autoprodutores aumentaram seu consumo em 6,9%.

Para o mês de setembro, a maioria dos segmentos apresentou crescimento em seu consumo. Os segmentos que apresentaram maior elevação foram saneamento (29,4%), comércio (21,3%) e bebidas (14,7%), porém, parte desse aumento está diretamente vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre. Ao expurgarmos o efeito da migração para o ACL, verifica-se crescimento do consumo na maioria dos ramos de atividades, destacando-se os ramos de bebidas (10,6%), minerais não metálicos (10%), madeira, papel e celulose (8,3%) e químicos (7,5%).


A bandeira tarifária em setembro/2020 foi verde, sem custo para os consumidores. E assim será até dezembro deste ano.

Em 10 de março – um dia antes do anúncio de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – a ANEEL havia proposto a discussão para o ciclo 2020/2021 dos valores adicionais. A proposta ficou em Consulta Pública no período de 12/3 a 27/4. No entanto, os impactos da pandemia no consumo de energia e nas atividades econômicas alteraram de forma significativa os estudos e parâmetros utilizados na proposta da Agência.

De acordo com análise dos técnicos da ANEEL, que também levou em conta as contribuições à consulta pública, o cenário de redução de carga e as perspectivas de geração de energia tornam possível o acionamento da bandeira verde nos próximos meses. Além disso, os custos cobertos pelas Bandeiras Tarifárias estão contemplados na chamada Conta-Covid – empréstimo ao setor elétrico feito junto a bancos públicos e privados, com o objetivo de aliviar os impactos da atual crise no setor elétrico. Assim, a Agência decidiu suspender o acionamento das bandeiras até o final do ano.

Pierro Campestrini – Diretor da Enermerco

 

Geração e Consumo

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, divulgou no final de setembro, novos comparativos de geração e consumo no SIN – Sistema Interligado Nacional.

O Sistema Interligado Nacional é o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil, sendo um sistema hidro-termo-eólico de grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas e com diversos proprietários. O Sistema Interligado Nacional é constituído por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da região Norte.

Em comparação ao mesmo período de 2019, temos acréscimos: 2,9% no consumo e 3,4% na geração, respectivamente. O valor verificado demonstra a retomada do consumo à medida que ocorre o retorno gradual das atividades.

Em relação à geração, observa-se um aumento de 3,4%, no referido mês, em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para a elevação na produção das usinas hidráulicas (16,8%), eólicas (11,1%) e fotovoltaicas (21,3%). Apenas as usinas térmicas apresentaram queda em sua geração (36,2%).

Geração por Fonte de Energia

As fontes de geração, abaixo demonstradas, mostram parte do panorama da produção nacional. Como vemos, o destaque de junho está no aumento da geração fotovoltaica: 34,8%, em relação ao mesmo período do ano anterior, 2019.

 

ENA, MLT e Nível dos Reservatórios

No gráfico de Energia Natural Afluente do SIN, observamos os percentis da ENA em todos os Submercados. Trata-se de mais um parâmetro de operação do SIN – Sistema Interligado Nacional, que o ONS – Operador Nacional do Sistema, monitora para gerenciar a geração de energia elétrica do país.

Em agosto, os valores de acoplamento apresentaram um aumento a partir da quarta semana e passaram a valores próximos de 35.000 MWmed. Já para setembro, os valores de afluências apresentaram uma diminuição a partir da terceira semana e ficaram próximos aos 30.000 MWmed. Este histórico classifica-se como o 8º pior do Sistema Nacional, ao longo dos registros:

Fator de Ajuste de MRE

O Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) é um mecanismo financeiro que visa o compartilhamento dos riscos hidrológicos que afetam os agentes de geração, buscando garantir a otimização dos recursos hidrelétricos do Sistema Interligado Nacional (SIN). Para verificar a quantidade de energia produzida em relação à garantia física das usinas pertencentes ao MRE, foi criado o Fator de Ajuste da Garantia Física, ou Generation Scaling Factor – GSF. Ele mede a geração hidráulica em relação à garantia física, cujo cálculo é feito mensalmente pela CCEE.

Em setembro, atingiu-se uma geração, de 66% em relação às Garantias Físicas para o ano de 2020.

Encargos de Sistema (ESS, ESE, CDE)

Os custos decorrentes da manutenção da confiabilidade e da estabilidade do sistema no atendimento à demanda por energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) são denominados Encargos de Serviço do Sistema (ESS). Estes valores são pagos por todos agentes com medição de consumo registrada na CCEE, na proporção de seu consumo. Os ESS são expressos em R$/MWh.

No mês de setembro/2020, somando os Encargos de Serviço do Sistema, dentre as Restrições Operativas e as de Segurança Energética, obteve-se um total de, praticamente, R$ 40 milhões. Acompanhe como este resultado se solidificou:

Previsão Climatológica Trimestral

O próximo trimestre é marcado pelo aumento gradual da atividade convectiva no Brasil Central – área que compreende desde o oeste do Amazonas, passando pelo norte do Mato Grosso até Minas Gerais. No sul dos Estados do Amazonas e Pará e no norte do Mato Grosso, os totais acumulados no trimestre podem chegar a 800 mm. No leste da Região Centro-Oeste e em grande parte do Sudeste, predominam totais pluviométricos entre 500 mm e 700 mm.

Os sistemas frontais e a configuração da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) são os principais sistemas meteorológicos responsáveis pelo aumento das chuvas nestas áreas.

Na Região Nordeste, ainda predomina o período de estiagem e os totais acumulados são mais baixos, entre 25 mm e 100 mm, no norte do Piauí e na maior parte dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.

Na Região Sul, as frentes avançam mais rapidamente e ocorre uma diminuição das chuvas especialmente no sul do Rio Grande do Sul, onde são esperados acumulados trimestrais entre 200 mm e 400 mm. Neste período do ano, as temperaturas máximas são mais elevadas na Região Nordeste, entre 28ºC e 34ºC, e mais amenas no leste das Regiões Sul e Sudeste, onde os valores podem variar entre 20ºC e 28ºC. Nas áreas serranas das Regiões Sul e Sudeste, a temperatura mínima ainda pode chegar a 10ºC. As climatologias de precipitação e temperaturas máxima e mínima, no Brasil, são mostradas a seguir:

 

 

Energia sobe e contribui para IPCA de 0,64% em setembro

Variações no item energia envolveram desde a queda de 1,76% em Belo Horizonte até alta de 3,41% em Campo Grande, onde a alíquota de PIS/COFINS subiu

Uma ligeira alta de 0,07% no item energia elétrica contribuiu para a variação de 0,37% do Grupo Habitação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, que subiu 0,64%, ficando 0,4% acima dos 0,24% de agosto, sendo esse o maior resultado para um mês de setembro desde 2003. No ano, o indicador mostra alta de 1,34% e de 3,14% nos 12 meses, acima dos 2,44% observados no período anterior.

As variações no item energia envolveram desde a queda de 1,76% em Belo Horizonte até a alta de 3,41% em Campo Grande, onde a alíquota de PIS/COFINS aumentou. Destacaram-se ainda os reajustes de 5,93% em Vitória (0,40%) e de 2,86% em Belém (-0,09%), ambos vigentes desde 7 de agosto. Em São Luís (-0,72%), houve redução de 0,31% nas tarifas, desde 28 de agosto.

 

Consumo de gás para a geração elétrica cai 14,3% em julho, diz Abegás

Porém, puxado pela indústria, consumo nacional de gás registrou alta de 1,4% no mês, mas ainda sente os efeitos da pandemia

O consumo de gás natural para geração termelétrica em julho registrou queda de 14,3% na comparação com junho de 2020. Foram consumidos 15,456 milhões de metros cúbicos/dia em julho contra 18,043 em junho. Em julho de 2019, o consumo de gás natural para geração termelétrica somou 25,453 milhões de metros cúbicos/dia.

Já o consumo total de gás natural no Brasil registrou um crescimento de 1,2% em julho na comparação com o mês de junho. O volume subiu de 51,25 milhões de metros cúbicos/dia em junho para 51,87 milhões de metros cúbicos/dia mês de julho. Em comparação com julho de 2019 (65,44 milhões de metros cúbicos/dia), no entanto, a retração é de e 14,3%, reflexos da pandemia de Covid-19.

Os dados fazem parte de levantamento estatístico mensal da Associação Brasileira de Gás Natural (Abegás), divulgado nesta semana. Em julho, o segmento industrial mostrou crescimento de 11% em relação a junho, saindo de 23,55 milhões de metros cúbicos/dia para 26,14 milhões de metros cúbicos/dia, mas ainda abaixo dos níveis registrados em julho de 2019, com queda de 6,2%.

O segmento automotivo também teve recuperação em julho ante junho, de 11,2%, mas os números ainda são inferiores aos do mesmo período em 2019: queda de 18,34%. Outro segmento que teve alta em julho foi o mercado comercial: 15,3%. Já o consumo residencial apresentou recuo de 4,5% em relação ao mês de junho.

“A pandemia teve um impacto brutal na demanda de gás natural nos meses de abril e maio, principalmente, mas os números de julho confirmam o movimento de recuperação já observado em junho. Isso é resultado da reabertura gradual das atividades econômicas em todo o país e da progressiva retomada da mobilidade. Com as pessoas saindo mais de casa, e usufruindo dos serviços de alimentação por entrega, o consumo residencial teve uma leve queda, mas segue com alta de 16,1% no acumulado do ano”, analisa o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.

Consumo em julho/20 vs junho/20 em todos os segmentos:

Industrial — Crescimento de 11%.
Automotivo — Alta de 11,2%.
Comercial — Crescimento de 15,3%.
Residencial — Recuo de 4,5%.
Cogeração — Recuo de 5,9%.
Geração elétrica — Retração de 14,3%.

 

 

Pandemia é oportunidade para rever subsídios, diz presidente do Banco Mundial

O presidente do Banco Mundial, David Malpass defendeu em discurso proferido nesta segunda-feira, 12, que a pandemia da covid-19 traz uma oportunidade para que governos de todo o mundo revisem suas políticas de subsídios a itens de agricultura, pesca e de a combustíveis de origem fóssil. A fala de Malpass ocorreu em evento da Coalizão de Ministros de Finanças para a Ação Climática.

“À medida em que os países se encontram sobrecarregados com dívidas crescentes, há também uma oportunidade para reformar subsídios prejudiciais. Os preços do petróleo em patamar baixo fazem deste um bom momento para que os países trabalhem na redução e na reforma de seus subsídios a combustíveis fósseis. Também é o momento para reorientar os mais de US$ 500 bilhões que governos gastam todos os anos com subsídios agrícolas, e ir na direção de efeitos mais sustentáveis e inteligentes para o clima e para nossos sistemas alimentares”, defendeu Malpass.

 

 

Vacina da covid-19 vai custar US$ 21 por pessoa e será bancada pelo SUS

O valor é uma estimativa do Ministério da Saúde para ter acesso a 40 milhões de doses do consórcio global de governos e fabricantes de vacinas

O Ministério da Saúde apresentou, nesta quinta-feira, 8, detalhes do acordo que firmou com a aliança global de países para ter acesso a uma vacina contra a covid-19. As duas doses necessárias para garantir imunidade a uma pessoa vão custar 21 dólares — cerca de 117 reais — cálculo previsto pelo governo. Tudo será financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Na semana passada, o governo federal editou medida provisória para liberar cerca de 2,5 bilhões de reais para o país aderir ao Covax Facility, consórcio global de governos e fabricantes para impulsionar o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus.

A adesão permite o acesso ao portfólio de nove vacinas em desenvolvimento, além de outras em análise. Além da aliança global, o governo brasileiro firmou uma parceria para ter acesso a 100 milhões de doses no primeiro semestre de 2021, que foram negociadas diretamente com o laboratório AstraZeneca, que também faz parte do consórcio mundial.

Pela aliança, o governo federal reservou 40 milhões de doses capazes de imunizar 20 milhões de pessoas, o que corresponde a 10% da população brasileira. Para chegar ao número, o Ministério da Saúde levou em conta três grupos de risco: pessoas com mais de 80 anos, trabalhadores da saúde e com doenças pré-existentes.

Mas a definição de quem vai tomar primeiro ainda depende de aprovação de uma Câmara Técnica que vai definir os critérios. A expectativa é que a vacinação comece no primeiro trimestre de 2021.

“Como a vacina ainda passa por um processo de validação, existe sim uma possibilidade de atraso”, disse Élcio Franco, secretário executivo do Ministério da Saúde em entrevista coletiva nesta quinta-feira 8. Ainda segundo ele, o calendário também depende do registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Carteira de vacinação digital

O Ministério da Saúde está desenvolvendo uma plataforma virtual para agilizar e organizar a aplicação da vacina contra a covid-19. O cadastro será feito por meio do CPF. O objetivo é garantir que a população se imunize apenas uma vez, caso um governo local também disponibilize um outro imunizante, por exemplo.

 

 

Programa seleciona projetos inovadores em eficiência energética

Cada projeto receberá o investimento médio de R$ 800 mil

Cinco projetos de todo o país de empresas emergentes, micro e pequenas empresas foram aprovados para aceleração tecnológica e de negócios pelo Programa Lab Procel, criado pela Eletrobras e Firjan Senai. Cada projeto receberá o investimento médio de R$ 800 mil para desenvolver trabalhos referentes à digitalização do Selo Procel e de dispositivos e sistemas computacionais para gestão remota e em tempo real do consumo energético.

É a segunda chamada para a aceleração de soluções inovadoras em eficiência energética do programa, com aplicações nos setores residencial, comercial, industrial, de serviços e setor público, além do Selo Procel.

A segunda chamada do Lab Procel recebeu 30 projetos, dos quais 13 participaram da seleção virtual entre os dias 5 a 8 deste mês, por meio de vídeoconferências, em função do distanciamento social decretado para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.

As propostas foram avaliadas por uma banca técnica composta por especialistas da Eletrobras, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Ministério de Minas e Energia, associações, entidades, meio acadêmico e empresas do setor de energia.

Diferenciais

O coordenador de Serviços Tecnológicos da Firjan/ Senai e gestor do programa Lab Procel, Damian Gomez, considerou que o alto nível técnico e a maturidade das empresas participantes foram os diferenciais nessa segunda chamada.

“São empresas com alto nível técnico, com propostas inovadoras em hardware (parte física do computador) e software (programas de computador) para a nacionalização de ideias tecnológicas que atendam a demanda de eficiência energética”, disse.

O programa Lab Procel foi lançado em abril deste ano. Seu objetivo é fomentar oportunidades para o desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica junto a ‘startups’ (empresas nascentes de base tecnológica), micro e pequenas empresas inovadoras. As soluções e produtos desenvolvidos serão disponibilizados para a sociedade.

Para a aceleração dos projetos selecionados pelo programa, as empresas contarão com o suporte de equipes técnicas dos institutos Senai em nível nacional, para desenvolverem suas soluções e os seus negócios.

As empresas contarão ainda com um espaço físico do Lab Procel, no Instituto Senai de Tecnologia, de automação e simulação, no Rio de Janeiro, onde desenvolverão os projetos até dezembro de 2021.

Ao final da etapa de aceleração, será realizado um evento de graduação com todas as startups, micro e pequenas empresas aceleradas, informaram as assessorias de imprensa da Eletrobras e da Firjan Senai.

 

 

Etanol e energias solar, eólica e hidráulica empregam 1 milhão no Brasil

Mercado de renováveis gerou mais de 500 mil postos de trabalho no mundo. Brasil é o segundo maior empregador, atrás apenas da China

As mulheres ocupam 32% dos postos de trabalho no setor de renováveis. Na cadeia dos combustíveis fósseis, esse percentual é de 21%. (RuslanDashinsky/Getty Images)

O mercado de energias renováveis registrou, no ano passado, 11,5 milhões de empregos no mundo, segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês). O setor avançou em relação a 2018, quando foram registrados 11 milhões de postos de trabalho. A China concentra a maior parte dos empregos, sendo responsável por 1 em cada 4 vagas. O Brasil é o segundo país que mais gera empregos no segmento, com 1,158 milhão de trabalhadores empregados, à frente de Índia e Estados Unidos. A maior parte na área de biocombustíveis. 

Segundo a Irena, a produção de etanol emprega mais de 570 mil pessoas no Brasil. A cadeia do biodiesel, por sua vez, concentra 264 mil vagas. Ao todo, os biocombustíveis são responsáveis por 839 mil empregos diretos no País, maior número entre todos os mercados globais. Apesar de ser a segunda maior fonte de eletricidade brasileira, a eólica, entre as renováveis, é a que menos gera postos de trabalho. São cerca de 20 mil empregos diretos. Principal fonte do País, a hidráulica emprega 10 vezes mais. Já a cadeia solar, que responde por menos de 2% da matriz nacional, emprega o dobro: 43 mil pessoas. 

O segmento fotovoltaico é o que mais cresce. Pela primeira vez, o Brasil apareceu entre os 10 países que mais geram trabalho nesse mercado, na oitava posição. “A energia solar fotovoltaica terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável do Brasil”, afirma Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. 

Em relação à qualidade dos empregos, o mercado de renováveis apresenta indicadores acima da média. Segundo a Irena, a remuneração por hora no setor era de 28,41 dólares nos Estados Unidos, em 2016 (último dado disponível), enquanto que a média dos outros setores da economia era de 23,86 dólares. No Brasil, de acordo com a Absolar, a remuneração média dos profissionais de energia solar supera 2 salários mínimos, o equivalente a 2.090 reais.

Nas energias renováveis, o mercado de trabalho também é mais equilibrado em termos de gênero. As mulheres ocupam 32% dos postos de trabalho. Na cadeia dos combustíveis fósseis, esse percentual é de 21%. A maior parte das mulheres trabalha em cargos administrativos. Em toda a cadeia, elas concentram 45% das vagas administrativas, e 28% dos empregos nas áreas de ciência, engenharia e matemática. 

Cursos em energia solar disparam 

O setor de energia solar gerou 40 mil postos de trabalho no primeiro semestre do ano, segundo levantamento da Absolar. Apesar da pandemia, o setor apresentou crescimento de 45% em número de instalações, no mesmo período. Desde 2012, o mercado de geração fotovoltaica gerou 162 mil empregos, de acordo com a associação.  

Com a alta demanda por profissionais qualificados, também cresceu a procura por cursos na área. Segundo um levantamento da Elektsolar, empresa especializada em treinamentos, a busca por especializações aumentou 50% entre janeiro e julho deste ano. “Os brasileiros têm encontrado no mercado fotovoltaico uma possibilidade de mudar de ramo”, afirma Gabriel Guimarães, diretor de educação da companhia. 

O mercado de energia solar é formado, principalmente, por pequenas e médias companhias. São mais de 14 mil prestadores de serviço nesta área. Em sua maioria, os empregos gerados pelo setor são para a instalação de painéis solares em residências. Para atuar na área, não é necessário curso superior, apenas profissionalizantes..

 


Fontes: AGENCIA SENADO – ANEEL – ABRAPCH – CANAL NEGÓCIOS – CANAL ENERGIA – ESTADÃO – EXAME – FOLHA – GAZETA DO POVO – OCESC – INFOCLIMA – ONS – MME – PORTAL G1 – PORTAL GLOBO.COM – REVISTA VEJA

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