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20/04/2018
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Informativo Enermerco 1804

O Informativo Enermerco (edição de abril) é um compilado das informações mais relevantes do mercado de energia do período, exclusivamente elaborado para o seu acompanhamento mensal.

 



Mercado de Energia x Tendência do PLD

O mês de março de 2018 apresentaram afluências um pouco abaixo do esperado, como o mês anterior, apresentando um fechamento do PLD médio em torno dos R$219,00 /MWh nos submercados SE/CO e S, R$218,00 /MWh para o submercado NE e S e R$40,16/MWh para o submercado Norte. O cenário de preços semanais foi praticamente constante ao longo de todo o período, apresentando leve variação para cima na terceira semana do mês no submercado SE/CO que bateu a casa dos R$236,02/Mwh.

Demonstrativo do PLD Médio

Mês Submercado
Março 2018 SE/CO S NE N
219,23 219,23 218,14 40,16

 

Para o mês de março, a ANEEL anunciou a manutenção da bandeira verde, sem acréscimos ao consumidor. Abril segue da mesma maneira, que, segundo tendências deve permanecer até maio.

 


O período de abril de 2018 apresentou logo na primeira semana o incrível cenário de PLD piso – R$40,16, para todos os submercados e patamares. As fortes chuvas elevaram os reservatórios e permitiram o despacho de mais hidrelétricas e menos térmicas, sendo que o limite de transmissão entre os submercados não foi alcançado, nivelando os preços entre os submercados.

O Operado Nacional do Sistema – ONS, verificou em março um aumento da carga em 2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Tal aumento se dá, segundo os especialistas, ao quadro de recuperação econômica do país.

Novamente está sendo realizada a cobrança de recursos financeiros para recompor a conta de Energia de Reserva (CONER) através de evento paralelo ao aporte de garantia financeira de março de 2018. A conta é rateada entre todos os agentes CCEE com perfil consumo, ou seja, distribuidoras, consumidores livres e especiais, autoprodutores, geradores com perfil de consumo e exportadores.

Outro destaque no âmbito da CCEE é o início da divulgação do “PLD sombra”, que trará a divulgação diária dos preços horários do dia seguinte, com o intuito de desenvolver a implementação da nova métrica tratada no marco de modernização do setor elétrico. Neste sentido, a partir de16 de abril de 2018, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE começou a operação sombra objetivando a efetiva implantação da precificação horária em janeiro de 2019.

 

Pierro Campestrini – Diretor da Enermerco

 

Geração e Consumo

 

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, divulgou no final de março, novos comparativos de geração e consumo no SIN – Sistema Interligado Nacional.

O Sistema Interligado Nacional é o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil, sendo um sistema hidro-termo-eólico de grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas e com diversos proprietários. O Sistema Interligado Nacional é constituído por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da região Norte.

Em comparação ao mesmo período de 2017, março, temos um acréscimo de 2,0% na geração disponível no Sistema, em 2018. Já o consumo subiu 2,0%, somando 64.949 MW/Med.

Geração por Fonte de Energia

As fontes de geração, abaixo demonstradas, mostram parte do panorama da produção nacional. Como vemos, o destaque de março está no aumento da geração eólica: 9,3%, em relação ao mesmo período do ano anterior, 2017. A geração hídrica, que no mês anterior, teve um decréscimo de mais de 3%, no mês de março, teve um aumento de 3,5% em sua geração.

 

 

ENA, MLT e Nível dos Reservatórios

No gráfico de Energia Natural Afluente do SIN, observamos que tanto os percentis da ENA Março/2018 acumulada e da expectativa, estão abaixo da Média de Longo Termo, que consiste na média aritmética das vazões naturais verificadas durante uma série histórica. Trata-se de mais um parâmetro de operação do SIN – Sistema Interligado Nacional, que o ONS – Operador Nacional do Sistema, monitora para gerenciar a geração de energia elétrica do país.

Na sequência o gráfico de Energia Armazenada com valores em MWmês, no período de abril de 2017 a março de 2018, onde verifica-se a oscilação dos montantes de energia por Submercado do SIN – Sistema Interligado Nacional.

 

Fator de Ajuste de MRE

O Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) é um mecanismo financeiro que visa o compartilhamento dos riscos hidrológicos que afetam os agentes de geração, buscando garantir a otimização dos recursos hidrelétricos do Sistema Interligado Nacional (SIN). Para verificar a quantidade de energia produzida em relação à garantia física das usinas pertencentes ao MRE, foi criado o Fator de Ajuste da Garantia Física, ou Generation Scaling Factor – GSF. Ele mede a geração hidráulica em relação à garantia física, cujo cálculo é feito mensalmente pela CCEE.

Para abril, conforme a CCEE, temos a estimativa de 102,5% do fator de ajuste do MRE, com Geração Hidráulica de 50.034 MW. Em março, atingiu-se uma geração, de 116,9% em relação às Garantias Físicas para o ano de 2018.

 

Encargos de Sistema (ESS, ESE, CDE)

Os custos decorrentes da manutenção da confiabilidade e da estabilidade do sistema no atendimento à demanda por energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) são denominados Encargos de Serviço do Sistema (ESS). Estes valores são pagos por todos agentes com medição de consumo registrada na CCEE, na proporção de seu consumo. Os ESS são expressos em R$/MWh.

No mês de março/2018, somando os Encargos de Serviço do Sistema, dentre as Restrições Operativas e as de Segurança Energética, obteve-se um total de R$ 300 MM.

Projeção de ESS e Custos devido ao deslocamento entre CMO e PLD

 

 

Previsão Climatológica Trimestral

A previsão climática por consenso para o trimestre abril, maio e junho de 2018 (AMJ/2018), baseada nos diagnósticos das condições oceânicas e atmosféricas globais e nos prognósticos de modelos dinâmicos e estocásticos de previsão climática sazonal, indica maior probabilidade do total trimestral de chuva ocorrer nas categorias acima da faixa normal climatológica na área que se estende de Roraima ao norte do Pará, incluído o extremo nordeste do Amazonas, com distribuição de probabilidades de 40%, 35% e 25% para as categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente. Para o norte da Região Nordeste, incluído o setor leste e a porção norte da região semiárida, a previsão por consenso indica maior probabilidade de totais pluviométricos na categoria abaixo da faixa normal climatológica, com distribuição de probabilidades de 25%, 35% e 40% para as categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente. Para o centro-sul da Região Sul, a previsão também indica maior probabilidade de chuvas na categoria abaixo da faixa normal climatológica, com mesma distribuição de probabilidade: 25%, 35% e 40% para as categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente. Nas demais áreas do País (área cinza do mapa), a previsão apresenta baixa previsibilidade climática sazonal, com igual probabilidade para as três categorias. Ressalta-se que, no decorrer do referido trimestre, terá início o período mais chuvoso no setor leste da Região Nordeste, que poderá se desenvolver com acentuada variabilidade temporal e espacial das chuvas, como também foi previsto para o setor norte dessa Região. Para este trimestre, as temperaturas são previstas dentro da normal climatológica em todo o País. As climatologias de precipitação e temperaturas máxima e mínima, no Brasil, são mostradas na Figura ao lado:

 

Confira na tabela abaixo, as previsões de precipitação e temperatura do ar, para este trimestre, de acordo com a região do país:

NORTE Chuva – maior probabilidade na categoria acima da faixa normal climatológica no extremo nordeste do Amazonas, Roraima, Amapá e norte do Pará. Nas demais áreas, a previsão indica igual probabilidade para as três categorias.

Temperatura – em torno da normal climatológica.

NORDESTE Chuva – maior probabilidade na categoria abaixo da faixa normal climatológica na área que engloba o centro-norte do PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE e nordeste da BA. Nas demais áreas, a previsão indica igual probabilidade para as três categorias.

Temperatura – acima da normal climatológica.

CENTRO-OESTE Chuva – a previsão indica igual probabilidade para as três categorias.

Temperatura – em torno da normal climatológica.

SUDESTE Chuva – a previsão indica igual probabilidade para as três categorias.

Temperatura – em torno da normal climatológica.

SUL Chuva – maior probabilidade na categoria abaixo da faixa normal para o centro-sul da Região. Nas demais áreas, a previsão indica igual probabilidade para as três categorias.

Temperatura – em torno da normal climatológica.

 

 

Eleições fazem com que dez ministros deixem seus cargos no governo

Os ministros devem estar afastados de funções públicas seis meses

Com o fim do prazo para desincompatibilização de cargos públicos, dez ministros deixaram o governo do presidente Michel Temer para concorrerem nas eleições deste ano. Segundo a legislação eleitoral, os ministros de Estado devem estar afastados de funções públicas seis meses antes da eleição caso queiram se candidatar para mandatos eletivos. Este é o mesmo prazo para que ocorram as filiações partidárias dos aspirantes às eleições.

A maioria dos agora ex-ministros retoma seus mandatos na Câmara dos Deputados e concorrerá à reeleição para o cargo, mas alguns decidiram, pela primeira vez, buscar uma vaga no Senado, que desta vez terá renovação de 2/3 dos senadores, cujo mandato é de oito anos.

É o caso de Marx Beltrão (PSD), que comandou o Ministério do Turismo até o último dia 5 e agora vai disputar o Senado por Alagoas. Ele deve, inclusive, disputar em uma chapa concorrente à de seu colega de Esplanada dos Ministérios, Maurício Quintella (PR), que deixou o ministério dos Transportes nos últimos dias para disputar uma das duas vagas ao Senado pelo mesmo estado.

Embora tenha retornado à Câmara, o ex-ministro Mendonça Filho (DEM), que chefiava a Educação, ainda não decidiu se vai se candidatar ao governo de Pernambuco ou se concorrerá à reeleição como deputado. Já Paulo Rabello de Castro, que era presidente do BNDES, quer ocupar o cargo mais alto do Executivo. Pré-candidato à Presidência da República pelo PSC, ele já tem participado de eventos partidários pelo país.

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (MDB), teve a exoneração publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), mas ainda não tem uma posição fechada sobre sua candidatura ao governo do Pará. As negociações com o partido de Barbalho vão continuar nos próximos meses e levarão em conta a análise do cenário político do estado. Em 2014, ele concorreu ao governo local, mas foi derrotado no segundo turno por Simão Jatene (PSDB).

Outra candidatura indefinida é a de Henrique Meirelles, que confirmou a saída do ministério da Fazenda e a sua exoneração também foi publicada na edição extra do DOU. Após se filiar ao MDB, ele ainda mantém segredo se vai disputar o cargo de vice na possível tentativa de reeleição do presidente Michel Temer, ou se buscará uma união do partido em prol do seu nome à frente da chapa.

De acordo com a Lei de Inelegibilidades (Lei Complementar nº 64/1990), além de ministros de Estado e magistrados, presidentes, diretores e superintendentes de empresas públicas, bem como chefes de órgãos que fazem assessoramento direto, também devem pedir exoneração na mesma data. Candidatos à reeleição para os cargos de governador e presidente da República não precisam deixar o cargo.

Veja abaixo os integrantes que deixaram o governo e os mandatos para os quais devem concorrer no pleito de outubro

Ricardo Barros (PP) – Ministério da Saúde – reeleição para a Câmara
Maurício Quintella (PR) – Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil – Senado
Mendonça Filho (DEM) – Ministério da Educação – reeleição para a Câmara ou governo de Pernambuco
Marx Beltrão (MDB) – Ministério do Turismo – Senado
Osmar Terra (MDB) – Ministério do Desenvolvimento Social – reeleição para a Câmara
Leonardo Picciani (MDB) – Ministério do Esporte – reeleição para a Câmara
Sarney Filho – Ministério do Meio Ambiente – Senado
Paulo Rabello de Castro – BNDES – Presidência
Helder Barbalho (MDB) – Ministério da Integração Nacional – Governo do Pará
Henrique Meirelles – Ministério da Fazenda – Presidência da República ou vice
Fernando Coelho Filho (MDB) – Ministério de Minas e Energia – reeleição para a Câmara

 

 

Nomeação de Moreira Franco derruba ações da Eletrobras

A resposta do mercado sinaliza que os investidores desconfiam dos rumos do programa de privatização, após mudança no Ministério de Minas e Energia

As ações da Eletrobras têm caído, num sinal de que o mercado desconfia dos rumos do programa de privatização, apesar das afirmações do novo ministro de Minas e Energia, Wellington Moreira Franco, de que nada mudará.

A saída do ex-secretário executivo da pasta Paulo Pedrosa – um nome da preferência do setor e tido como provável nome à sucessão de Coelho Filho, ocorrida no dia 6 de abril, alimenta temores sobre o rumo das políticas da pasta. Eles foram reforçados nessa segunda-feira pelo pedido de demissão do presidente da Empresa de Planejamento Energético (EPE), Luiz Barroso.

No esforço de mostrar que haverá continuidade, Moreira Franco disse ao Estado que escolheu Márcio Félix, atual secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, para ser seu secretário executivo. Ele integrava a equipe do ex-ministro Fernando Coelho Filho e tem uma atuação bem avaliada pelo setor.

A informação não evitou que as ações da estatal terminassem o dia em queda. Os papéis com direito a voto tiveram redução de 9,56%, para R$ 18,36, enquanto as ações preferenciais perderam 6,74%, para R$ 22,01.

No início do mês, as ações ordinárias já tinham tido queda de 9,17% e as preferenciais, de R$ 8,17%. Segundo analistas, há preocupação com as dificuldades que o governo vem enfrentando no processo.As regras para a privatização ainda dependem de aprovação do Congresso Nacional, onde até a base governista reluta em discutir o assunto.

Além disso, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Benjamin Zymler levantou dúvidas quanto à constitucionalidade da operação. Já o projeto de lei sobre a reforma no marco regulatório, que também contém temas que dão suporte à privatização, sequer saiu da Casa Civil.

Executivos do setor elétrico estão preocupados com o futuro da agenda setorial. O receio é que, com baixas de nomes técnicos, seja formado um time “mais político”. Um executivo que pediu anonimato se disse frustrado pelo fato de não ter sido adotada, no Minas e Energia, a sucessão por técnicos da pasta como ocorreu, por exemplo, na Fazenda e no Planejamento, onde os secretários executivos assumiram o comando dos ministérios.

Para se contrapor a essas avaliações, Moreira Franco tem dito que a privatização da Eletrobrás foi viabilizada pela atuação do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que ele comanda.
O PPI coordena as privatizações e concessões do governo de Michel Temer. A dúvida do mercado é se, mesmo com essas credenciais, ele comprará brigas políticas para seguir com o programa.
(Jornal O Estado de S. Paulo)

 

 

Governo adia publicação de decreto para vender Eletrobras

Novo Ministro, Moreira Franco

Diante da reação negativa do Congresso, o governo recuou e não publicou o decreto do presidente Michel Temer que incluiria oficialmente a Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização (PND). Esse passo permitiria à empresa e ao BNDES contratarem os estudos necessários para a privatização. A publicação havia sido anunciada anteontem pelo novo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, ao assumir a pasta.

A fala de Moreira acirrou os ânimos de parlamentares, que procuraram o Palácio do Planalto para saber detalhes do documento. Segundo o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), a resposta foi que não haveria decreto neste momento nem previsão de quando seria a publicação.

Deputados viram o anúncio de Moreira como uma afronta à Câmara, já que o governo deixou acertado que a privatização da empresa será discutida por meio de um projeto de lei que está sob a análise de uma comissão especial. Um passo que reforçou o mal estar com a nomeação de Moreira para a pasta. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já havia afirmado que a escolha dele prejudicava a articulação do governo para aprovar a privatização da Eletrobras no Legislativo.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, tentou acalmar os ânimos dizendo que não há intenção do governo de atropelar o Legislativo:
— Não queremos, de forma nenhuma, que o decreto pareça uma forma de ultrapassar a opinião do Congresso. Ele deve ser publicado, mas de forma que isso seja garantido.

Inicialmente, após a reunião ministerial convocada pelo presidente Michel Temer, a pergunta sobre a Eletrobras havia sido direcionada ao ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Ele, no entanto, não sabia da suspensão da publicação do decreto. Coube a Marun pegar o microfone para dizer que houve uma “confusão”.

— O governo quer a capitalização da Eletrobras, mas fará isso em parceria, em sintonia com o Congresso Nacional. Nós não temos a ideia de fazer isso sem que isso seja deliberado no Congresso Nacional — disse o ministro responsável pela articulação política do governo.

Relator minimiza episódio

O decreto de Temer é um passo formal no processo de privatização, que permite avançar nos estudos técnicos necessários para a capitalização da Eletrobras (que vai diluir a participação do governo até eliminar o controle estatal). Aguardado desde dezembro, é o passo seguinte à medida provisória que revogou o trecho de uma lei de 2004 que proibia a inclusão da estatal e subsidiárias no PND.
O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), relator da privatização da Câmara, no entanto, minimizou a importância do decreto:
— Entendo que há um projeto de lei em andamento e uma medida provisória. Não há como se resolver esse assunto em um decreto. Sem o projeto, a Eletrobras não será reestruturada. Ele (decreto) se antecipa a algo que está sendo discutido no Congresso. Se fosse necessário, tudo bem, mas não é — disse Aleluia, acrescentando que deve apresentar seu relatório no início de maio.

O deputado admitiu a possibilidade de levar o projeto diretamente ao plenário da Câmara se não houver disposição para discutir o assunto na comissão especial. Para isso, é necessário aprovar um requerimento de urgência que exige pelo menos 257 votos a favor.
(CanalEnergia)

 

 

Cade recomenda condenação de sete empresas e 21 pessoas por formação de cartel no setor de energia

Esquema teria aumentado preço final da eletricidade pago pelo consumidor

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou, nesta segunda-feira (09/04), a condenação de sete empresas e 21 pessoas físicas por formação de cartel no mercado de comercialização de produtos destinados à transmissão e distribuição de energia elétrica. O conluio teria causado prejuízos a indústrias e impactado potencialmente o preço final da eletricidade pago pelo consumidor brasileiro.

O processo administrativo segue agora para julgamento pelo Tribunal do Cade, responsável pela decisão final. Caso sejam condenadas, as empresas deverão pagar multa que pode alcançar até 20% de seu faturamento no ano anterior ao de instauração do processo.

Segundo nota divulgada pelo Cade, os insumos afetados pelo acerto são partes integrantes de subestações isoladas a ar (conhecidas como subestações AIS – Air Insulated Switchgear). Essas instalações são responsáveis pelo fluxo eficiente de eletricidade dentro das redes de transmissão e distribuição, que incluem produtos destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, como, por exemplo, transformadores, disjuntores, capacitores e equipamentos de proteção e controle de energia”, diz um trecho da nota.

De acordo com o parecer da Superintendência-Geral, durante mais de uma década, com início em meados de 1990, as empresas envolvidas no cartel se coordenaram para dividir o mercado e fixar preços de venda dos produtos no país. Os participantes também desenvolveram regras sofisticadas para alocação de projetos relacionados a concorrências públicas e privadas para aquisição de produtos elétricos comercializados por eles.

Durante as investigações, verificou-se que, possivelmente, as concessionárias de energia mais afetadas foram Chesf, Furnas, Eletropaulo, Eletrobras, Eletronorte e Eletrosul. Além disso, a conduta teria prejudicado indústrias e empresas privadas que adquiriram os produtos para construir suas próprias subestações de força. É o caso, por exemplo, da CBA, Schincariol, CVRD, Celg, White Martins, JPW Engenharia, Odebrecht e Engevix.

Conforme o parecer, para garantir a implementação dos acordos por todos os integrantes, o cartel se valia de mecanismos de punição e retaliação àqueles que descumprissem o que foi combinado. Teria havido também ações para prejudicar empresas concorrentes que não se alinharam ao conluio.

“A Superintendência apurou que a comunicação entre os integrantes do cartel sempre ocorreu de maneira discreta para evitar detecção da conduta pelas autoridades. Os contatos ocorriam em reuniões de diferentes níveis (de trabalho e gerenciais) e também por meio de fax, e-mails e telefonemas. Eram utilizadas siglas e codinomes para esconder a identidade dos participantes do conluio”, diz a nota.

Segundo o parecer, participaram do cartel as principais fabricantes dos produtos destinados à transmissão e distribuição de energia elétrica no âmbito do sistema elétrico de potência, quais sejam: ABB, Alstom Hydro Energia Brasil, Ansaldo Coemsa, Areva Transmissão & Distribuição De Energia, Balteau Produtos Elétricos, General Eletric do Brasil, Inducon do Brasil Capacitores, Inepar Energia, Laelc Reativos Ltda, Nokian Capacitors Brasil Sistemas Elétricos, Schneider Electric Brasil, Siemens, Telvent (atualmente Schneider Electric), Toshiba do Brasil, Trafo Equipamentos Elétricos, VA Tech Transmissão e Distribuição, e WEG, além de diversas pessoas físicas ligadas a essas empresas.

Algumas companhias e indivíduos, no entanto, já firmaram Termo de Compromisso de Cessação (TCC) com o Cade, razão pela qual o processo administrativo está suspenso em relação a eles. Celebraram acordo com órgão em 2016 as empresas Alstom Brasil Energia e Transporte e Grid Solutions Transmissão de Energia. Em 2017, Siemens e VA Tech Transmissão e Distribuição também assinaram TCC neste caso. Além disso, foram celebrados termos de cessação com mais de 10 executivos do setor. No total, foram recolhidos mais de R$ 175 milhões a título de contribuição pecuniária.
(Época Negócios)

 

 

Os impactos da prisão de Lula na economia brasileira

Quinta-Feira, cinco de abril de 2018, foi decretada a prisão do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. A prisão aconteceu. Com ela, uma mobilização enorme, tanto por simpatizantes que apoiam o líder do partido dos trabalhadores, quanto entre a parcela da população que concorda com sua condenação e enxerga no ato um passo grandioso na luta por um país com menos corrupção.

Mas afinal, o que muda para a economia com a prisão do Lula? Já é possível verificar alguma melhora ou prognóstico favorável com a sua reclusão?

Assim que foi dada a notícia de sua condenação pelo Supremo, as ações da BOVESPA tiveram alta de 1,01%. Considerando que na véspera do resultado da negação de seu Habeas Corpus as ações da mesma BOVESPA tiveram uma queda de 0,31%, constata-se que houve uma reação imediata.

Segundo o especialista Pedro Paulo Silveira, Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos, a prisão: “confirma algo que já estava razoavelmente precificado: o Lula não será presidente em 2019. Gera um impulso modesto no curto prazo. A concessão teria um impacto mais negativo do que o positivo gerado pela negação”.

Isso se explica pelo fato do mercado ter acordado um pouco mais calmo depois da prisão, se sentindo ligeiramente mais seguro em relação ao futuro do país e acreditando que agora o Brasil terá novamente um gestor que trabalhe com a ideia de finanças públicas equilibradas. Com essa balança em harmonia, geramos menos inflação, teremos quedas de juros e um ambiente mais propício para o desenvolvimento econômico. Também existe o efeito psicológico de que a impunidade está sendo debelada, é o que explica o Educador Financeiro, André Bona.

Entretanto, não podemos dizer que a situação do Brasil muda da noite para o dia, já que o cenário encontrado internacionalmente ainda é bem deteriorado e pouco favorável a economia nacional, será necessário tempo para ver quais serão os novos rumos tomados pela gestão atual.

Além disso, o mercado internacional não esquece que a fase da economia brasileira que obteve melhores resultados foi justamente nos governos do ex-presidente Lula. Segundo a FGV, o período de 2003 a 2008 foi a época de maior expansão da economia nacional dos últimos 30 anos, trazendo avanços para a educação, crescimento industrial e no pagamento de dívidas externas que o país acumulava.

Em suma, a prisão de Lula injeta na economia brasileira um novo folego, uma nova perspectiva. Porém, é preciso cautela e bastante cuidado ao afirmar que trará muitas melhorias, tudo dependerá das próximas ações tomadas por quem hoje está no poder e de como o mercado financeiro internacional irá interpretar isso.
(Guilherme Tostes)

 

 

Enermerco investe em qualificação

Atenta às movimentações do Mercado, especialmente, do Setor Elétrico, a ENERMERCO investe sempre na qualificação de sua equipe para acompanhar as tendências e oferecer um resultado diferenciado a seus clientes.

Pensando nisto, no último mês, os consultores da empresa participaram de dois eventos de destaque nacional: o primeiro deles, promovido pela CCEE em São Paulo, debateu a “Modernização do Setor Elétrico”. O principal objetivo do evento foi fortalecer o diálogo entre lideranças setoriais, agentes de mercado e representantes da sociedade em geral sobre temas relacionados a aprimoramentos do mercado de energia elétrica.Este encontro ocorreu em um momento extremamente oportuno: na sequência da Consulta Pública sobre a reforma do setor elétrico (CP MME nº 33/17), que teve adesão maciça dos agentes de mercado e também da sociedade civil; e no período em que a discussão acerca da modernização e abertura do mercado ingressa no Congresso Nacional por meio de minuta de projeto de lei.

O segundo encontro, promovido pela ABRAPCH, aconteceu em Curitiba e abordou as CGH’s – Centrais Geradoras Hidrelétricas, debatendo o enorme potencial de crescimento destas Centrais, sua legislação e caminhos para as autorizações por parte do governo, visto que as CGH’s tiveram sua capacidade instalada máxima aumentada de 3 MW para 5 MW.

Esta mudança é muito significativa para os empreendedores, pois simplifica o processo de aprovações, reduz custos indiretos (que inviabilizavam diversos empreendimentos de porte reduzido), além de reduzir o tempo de aprovação e implantação ao dispensar as CGH’s da apresentação de projeto básico e outras formalidades, conforme técnicos do setor. Estas simplificações devem contribuir para aumentar a representação das CGH’s na matriz energética brasileira e fomentar a criação de empregos de qualidade (o segmento de CGHs é o que apresenta a maior geração de emprego por MW do setor (101/MW), neste momento em que o Brasil está com quase 13 milhões de desempregados, destacou Paulo Sivieri Arbex, presidente da ABRAPCH – Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas.

 

 

 

 

Moção Honrosa

Faleceu no dia 15 de abril do corrente ano, em Rio do Sul, o empresário Osni Luiz Sens.

Pessoa de enorme representatividade regional se destacou no setor elétrico através de sua incansável vontade de empreender na geração de energia hidroelétrica. Pessoa respeitada por sua conduta de dedicação à família e a comunidade, sua ausência deixa desolados seus familiares, amigos e conhecidos, nos deixando como exemplo seu modelo de vida enquanto cidadão de bem, homem de fé e alicerce da família.

Suas conquistas alcançadas através de trabalho duro diário, aliado à sua sabedoria, serão sempre memória de aprendizado e admiração na Enermerco, que teve a honra de conviver com a agradável presença do Sr. Osni Sens.

Aos seus familiares, principalmente a sua esposa e seus filhos, nossas sinceras condolências reiterando nosso profundo respeito e rogando a Deus que traga conforto aos corações enlutados.

Equipe Enermerco

 

 


Fontes: ANEEL – CANAL ENERGIA – CCEE – CPTEC – EPE – EBC AGÊNCIA BRASIL – ONS – INFOCLIMA – O ESTADÃO – MME – PORTALG1 – ÉPOCA NEGÓCIOS